António Saraiva foi o primeiro convidado, desta legislatura, do ‘Parlamento com Causas’, numa intervenção subordinada à temática ‘Crescimento Económico VS Justiça Social’.Naquela que foi a sessão de abertura, José Manuel Rodrigues, presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, referiu-se ao presidente da Cruz Vermelha Portuguesa como uma “personalidade singular e ímpar no panorama da vida portuguesa”.
“Quando o desafiei para esta conferência, tomei a liberdade, de sugerir que falasse sobre o crescimento económico e de como esse crescimento pode e deve contribuir para uma maior justiça social”, referiu, entendendo ser “preocupante que este país não consiga reter os seus mais jovens” e também os “mais talentosos que aqui não encontram nem oportunidades nem rendimentos condizentes com as suas qualificações”.
“O elevador social que fez tantos de nós chegar onde chegámos não está a funcionar, e isso é fonte de injustiças e de desperdícios na capacidade produtiva do país”, disse. E foi precisamente sobre de que forma “crua e dura” é possível ultrapassar estes constrangimentos que António Saraiva falou.
A respeito desta temática, considerou que “não é por termos excedentes orçamentais que forçosamente temos bem estar social”, entendendo, a nível nacional, que “faltam fazer certas reformas”, nomeadamente a desburocratização da administração pública - que abrange 800 mil funcionários-, da justiça e do sistema fiscal.
Pese embora entenda que “temos hoje em Portugal uma situação melhor do que aquela que tínhamos há 50 anos”, sublinha que “temos de ser mais ambiciosos”. Na Região, António Saraiva frisou que a realidade acompanha “Portugal e os seus problemas”. “O macro desenvolvimento do país é somatório do desenvolvimento das regiões” e, a este respeito, considerou que “a Madeira tem feito um excelente percurso”.