Quatro jovens estudantes da Universidade da Madeira (UMa), acederam falar ao Jornal para explicar como veem o 25 de abril, mas também para firmarem o país político que querem no futuro e é democrático. Como agora. Mas, por agora, alertam para o perigo dos radicalismos, enfatizando que não combinam com os princípios da revolução.
Constança Sobreiros, 20 anos de idade, aluna do último ano da licenciatura em Comunicação, Cultura e Organizações; Afonso Câmara, 2o anos de idade, que frequenta o curso de Línguas e Relações Empresariais; Rosa Nunes, 24 anos, aluna da licenciatura em Direção e Gestão Hoteleira e Ricardo Bonifácio, 22 anos, estudante de terceiro ano da licenciatura em Educação Física e Desporto, falaram connosco sobre os cinquenta anos de liberdade.
Definiram a data em si e definiram muito mais: o país que desejam, que é democrático, que agrega os jovens, que permite o acesso ao Ensino Superior.
Constança Sobreiros chamou a atenção para a necessidade de mudara agenda política do 25 de abril, sublinhando que permanece a tendência de que a data pertence a um determinado espetro político. Por isso, deixou inequívoco que as conquistas alcançadas são de todos: da esquerda à direita.
Afonso Câmara, por seu turno, quis relevar as elevadas taxas de abstenção para observar a importância do voto e, sobretudo, de exercê-lo. É, na sua ótica, a maior conquista, justificando essa obrigatoriedade com a luta dos antepassados.
Rosa Nunes alinhou-se pelos direitos das mulheres, sublinhando terem sido mais ostracizadas do que os homens. Quando pensa em abril, vem-lhe à memória a canção «Grândola Vila Morena» de José Afonso e considera, ademais, a necessidade de olhar para os avanços do radicalismo.
Ricardo Bonifácio sustentou os avanços sociais, designadamente na educação, que a democracia tem vindo a possibilitar a todas as classes. Antes, não era assim. É por isso, que, conforme aclarou, a data tem de ser preservada e honrada. Da sua parte, quer um “futuro mais justo e inclusivo”.
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