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“Fui eu que fui maioritariamente votado para Chefe do Governo”, enfatiza Albuquerque

Data de publicação
18 Junho 2024
9:09

Conforme regimento previamente aprovado, o debate do Programa do XV Governo inicia-se com uma intervenção de Miguel Albuquerque.

“Antes de mais, no início da discussão do Programa de Governo, é importante dizer que a atual composição parlamentar, permite uma interpretação clara daquela que foi a vontade soberana dos madeirenses e porto-santenses nas eleições regionais do dia 26 de maio”, ressalvou o presidente do Governo Regional.

Ora, “em democracia, a composição de um Parlamento é sempre o resultado de um sufrágio livre. E este, por seu turno, é sempre reflexo de uma escolha; a escolha dos eleitores, a escolha do povo madeirense. O PSD/M venceu de forma inequívoca as eleições”.

“Houve uma rejeição clara da alternativa socialista proposta aos eleitores, ficando o PS/M a mais de 20 mil votos e a oito parlamentares de distância do PSD/M. O PS/M e o seu líder foram os grandes derrotados das eleições. O PCP e o BE, por seu turno, não elegeram qualquer deputado para este parlamento”, reiterou.

Por isso, diz Miguel Albuquerque, há conclusões a tirar, passando a especificá-las:

“A maioria dos madeirenses e porto-santenses não votou na alternativa à esquerda ao meu Governo, encarnada no Partido Socialista e na sua liderança. A maioria dos madeirenses e porto-santenses não votou, não queria, nem quer, uma alternativa à esquerda ao meu Governo, construída a partir de uma base parlamentar. E essa maioria não é possível. Nem aritmeticamente, nem a partir de uma coligação artificiosa de coligações.

A maioria dos madeirenses e porto-santenses, a maioria dos eleitores, jamais pensou, pelo que foi dito e redito pelo líder da JPP na campanha, que a JPP logo após a noite eleitoral se fosse lançar nos braços do PS, num autêntico abraço de jiboia ou de urso, contradizendo tudo o que havia sido dito na campanha eleitoral, na suposta construção de uma alternativa que, no fim de contas, não era alternativa nenhuma.

A maioria dos madeirenses e porto-santenses não quer, não pensa ou sequer consegue imaginar que o Chega/Madeira possa contribuir para a construção de uma alternativa de esquerda nesta terra.

Ou que possa contribuir para o fomento da instabilidade, terreno favorável ao avanço da esquerda. E da esquerda radical em qualquer sociedade.

Toda a gente sabia aquando das eleições do dia 26 de maio, quem era o líder do PSD/M e que era eu – e não outra pessoa – o candidato a Presidente do Governo.

Fui eu que fui sufragado pelos madeirenses e porto-santenses, como candidato a Presidente do Governo.

Fui eu que não tive medo ou receio de me submeter ao soberano juízo dos eleitores, numa eleição democrática.

Fui eu que face ao rol de atoardas e calunias que estrategicamente me foram lançadas que não hesitei um segundo a me sujeitar à vontade do povo madeirense.

Em democracia a legitimidade nasce do sufrágio, do voto expresso nas urnas.

Nas eleições legislativas regionais, como em todas as demais, não contam apenas os partidos.

As eleições legislativas regionais, são sempre personalizadas a partir da figura da liderança e são sempre personalizadas no candidato a presidente do Governo.

Os cidadãos quando votam, votam nos Partidos, mas também na pessoa que julgam mais apta a exercer as funções de Chefe do Executivo. Fui eu que fui maioritariamente votado para Chefe do Governo”.

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