Foram 20 as conclusões retiradas pelo socialista João Pedro Vieira da noite eleitoral de ontem, as quais não resistiu a partilhar no seu perfil de Facebook.
As duas primeiras ilações visam o partido triunfante e o segundo mais votado: “O PSD ganhou as suas eleições mais difíceis de sempre - que devia ter perdido; O PS perdeu as suas eleições mais fáceis de sempre - que devia ter vencido”, escreveu o também comentador.
Ademais, no entender do socialista, é evidente que “entre Albuquerque e Cafôfo, muito mais madeirenses escolheram o primeiro para liderar o Governo”, embora o PSD tenha tido o “seu pior resultado de sempre”.
Na mesma linha, e seguindo para as quinta, sexta e sétima conclusões, João Pedro Vieira afirma que o PS de Paulo Cafôfo “ficou longe do seu melhor resultado de sempre”, “teve o mesmo resultado de Sérgio Gonçalves” e “teve menos votos do que nas legislativas de março, em que alegou “contágio nacional”.
Em oitavo e novo lugar, o mesmo concluiu que “a maioria dos madeirenses não quer o PSD a governar e muito menos sozinho”, “mas não reconhecem uma alternativa clara no PS”.
Mais assinalou que deste ato eleitoral saiu “uma maioria de direita na Assembleia Legislativa Regional” (10.º) e “não há uma maioria de esquerda alternativa que permita dar condições de estabilidade política à Região” (11.º).
“Todos os partidos apontados como extensão do PSD elegeram deputados (CH, CDS, IL e PAN) [12.º] e os partidos à esquerda do PS não (BE e PCP) [13.º]”, continuou.
Certo é que, na sua leitura, compete ao PSD “encontrar condições para governar” (14.º), ao passo que “é ao PS que cabe liderar a oposição” (15º), que deve também “reorganizar-se para voltar a ser reconhecido como verdadeira alternativa ao PSD - como aconteceu em 2019” (16º).
Ainda assim, João Pedro Vieira salienta que “o PSD já não é o que era - e nunca mais vai ser, continuando em sucessiva perda eleitoral” (17º) e, “infelizmente, a sua principal oposição continua a ser o que quase sempre foi - e, perante isso, andou ainda mais para trás, porque os madeirenses continuam a escolher o que avaliam como mal menor” (18º).
Mais enalteceu que “cerca de 14 mil madeirenses votaram em março e preferiram ficar em casa em maio” (19º).
Desta feita, para João Pedro Vieira a última conclusão só pode ser uma e é dirigida ao PS: “A luta é imediata: a partir de amanhã, o PS tem na Madeira a responsabilidade acrescida de tudo fazer para eleger Sérgio Gonçalves como o único madeirense no Parlamento Europeu”.