Em conferência de imprensa para abordar a atualidade política com a renúncia de Miguel Albuquerque na sequência da megaoperação sobre suspeitas de corrupção, o JPP adianta que, ao contrário do PS e do Chega, não vai apresentar uma moção de censura ao Governo Regional.
Rafael Nunes explicou que cada partido só pode exercer esse direito uma vez na sessão legislativa e o JPP prefere guardar esse trunfo para depois de ser conhecido o sucessor de Miguel Albuquerque que, recorde-se, renunciou ao cargo na sequência da megaoperação judicial em curso. Mas, adiantou o deputado, o JPP não coloca de parte votar a favor das moções apresentadas.
”Este é um momento de profunda reflexão e de análise inteligente, não por uma questão de oportunismo, mas por a região estar com o Orçamento Regional por aprovar e, por isso, afetar milhares de madeirenses”, comentou ainda.
Rafael Nunes entende que deve haver eleições antecipadas na região porque o presidente do governo tem de ser sufragado pelo eleitorado.
O JPP entende também que é preciso discernimento, e que a Justiça faça o seu trabalho, considerando que Albuquerque deve pedir o levantamento da sua imunidade parlamentar no imediato.
Lembrou que o JPP entregou há mais de um ano documentos na Procuradoria-Geral da República com indícios agora investigados. “Por isso, não podemos demonstrar surpresa perante os acontecimentos”.