Pedro Coelho, cabeça de lista pela candidatura ‘Madeira Primeiro’, apontou, hoje, para aquela que acredita ser uma “incúria, irresponsabilidade e falta de respeito” do Governo da República, em relação à população do Porto Santo, criticando o facto do Estado ter “optado, ao que parece, por mais uma prorrogação na linha aérea Madeira – Porto Santo (...) ao invés de assumir, conforme já por diversas vezes prometeu, uma solução estável e a médio prazo para esta ligação inter-ilhas”.
A coligação considera que esta “falta de compromisso prejudica, gravemente, os porto-santenses no seu direito à mobilidade”, bem como “a estabilidade do setor turístico e o desenvolvimento que é desejável à economia local e que é inadmissível”. “Não podemos viver de sucessivas prorrogações deste contrato”, frisou Pedro Coelho, acrescentando que “por mais prorrogações que se façam, a verdade é só uma: é impossível marcar viagens aéreas para o Porto Santo em maio, junho ou na época do verão”.
“Aqui no Porto Santo vivem portugueses”, sublinhou o cabeça de lista da coligação, reiterando que, “fruto do desrespeito que impera do lado da República”, a ilha dourada seria, de 24 de fevereiro a 24 de março, “a única Ilha Portuguesa que não teria ligação direta ou indireta ao continente Português”, uma vez que ligações diretas ao continente “só serão retomadas pela TAP a 1 de abril e, uma semana antes, pela Easyjet”.
O candidato criticou, na visita ao Porto Santo, Pedro Nuno Santos e João Galamba, que “garantiram que iam fazer um novo contrato e resolver, cabalmente, o problema, o que acabou por não acontecer”. “A verdade é que temos um governo socialista que é célere em injetar 3,2 mil milhões de euros na TAP e que agora certamente irá pagar uma indemnização choruda à Ex CEO da TAP, mas nunca é célere em resolver os problemas ou, ainda menos, em cumprir o que promete”, atirou Pedro Coelho, apontando para o “tratamento discriminatório” que “contou com a conivência dos eleitos pelo círculo eleitoral da Madeira do PS, que nunca tiveram uma palavra para com o povo do Porto Santo”.
“Viemos aqui demonstrar a nossa solidariedade com o povo do Porto Santo, e aquilo que garantimos é que seremos a voz, ainda mais alta, dos Porto-Santenses na República”, rematou o candidato social-democrata.