A decisão está tomada. O Juntos Pelo Povo esteve hoje reunido em Santa Cruz com os militantes e membros da Comissão Política Nacional do partido e deputados à Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira.
Da reunião constava o tema de discussão da moção de censura ao Governo Regional da Madeira, sendo que o assunto foi abordado chegando-se a uma decisão unânime: o voto a favor.
Militantes e membros da Comissão Política do JPP mandataram o grupo parlamentar para aprovar a moção de censura ao Governo do PSD/CDS, liderado por Miguel Albuquerque.
Depois deste encontro com os militantes, o secretário-geral do JPP irá reunir brevemente a Comissão Política para dar conta da decisão das bases do partido. Só depois dessa reunião, o JPP dará a conhecer publicamente a posição final.
O líder do JPP e da bancada parlamentar, Élvio Sousa, lembrou aos militantes que o partido responsável pela moção de censura “é o principal fiador do PSD, sustentou a viabilização do Orçamento e do Programa de Governo, ajudou a eleger o presidente da Assembleia, e é esse mesmo partido que agora retira a confiança ao PSD e a Miguel Albuquerque”.
Desde a sua fundação, a auscultação das bases e dos órgãos do JPP em questões de relevo para o presente e o futuro das populações da Madeira e Porto Santo faz parte da sua matriz identitária. “O atual momento requer uma análise plural e em conjunto com os órgãos do partido”, declarou Élvio Sousa. “É óbvio que representam os militantes, mas na nossa perspetiva, de igual modo, todos os militantes devem ser consultados. Sem medo, e com toda a tranquilidade, numa aconselhada e benéfica meditação política”, reiterou, numa indireta aos que pressionaram o partido para a “tomada de posições rápidas, a quente e imponderadas, sem respeito pelos militantes e os órgãos do partido”.
O secretário-geral do JPP fez saber que já esperava a “ladainha do costume dos avassalados do regime e da manjedoura do Orçamento da Região, que nestes momentos, aparecem logo a lançar o terror e o caos, como fizeram e maio, para assustar as populações, os trabalhadores, as famílias, as instituições, e as empresas”.
Aos militantes e membros dos órgãos do partido, o dirigente alertou-os para o facto de, “ao contrário daquilo que estão a tentar passar, foi o PSD e o Chega que iniciaram esta crise, esta instabilidade, esta situação de perda de confiança, para a qual nós andamos a avisar há anos”, tendo reforçado que “a crise começou dentro do PSD e não no JPP, não pagamos pecados alheios”.