Em dia de greve dos motoristas das transportadoras privadas, mantém-se a discórdia entre o Sindicado Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) e a Rodoeste, sendo que desta vez é em relação aos números de adesão.
Isto porque, se por um lado esta entidade sindical se congratula com uma adesão de 80% a 85% dos funcionários da empresa que opera sobretudo na zona oeste da Madeira, por outro a Rodoeste diz que apenas 28% dos trabalhadores aderiram à greve, o que representa “uma diminuição de adesão na ordem dos 6% face à greve do passado dia 17 de abril”.
De assinalar que, em resposta ao JM, esta transportadora também deu conta do cometimento de ilegalidades na realização desta paralisação, uma vez que, embora exigido por lei, o sindicato não apresentou a comunicação com o aviso prévio de greve, nem a proposta de serviços mínimos para assegurar as necessidades dos passageiros.
Recorde-se ainda que, como notícia hoje o seu JM, esta paralisação gerou também tensão entre a ACIF e o SNMOT. Ainda que já tenha sido apresentada à ACIF uma proposta de construção de um contrato coletivo de trabalho “de raiz”, Manuel Oliveira aponta que a declaração de abertura ao diálogo por parte desta entidade ainda não se efetivou na marcação de uma data para as entidades se sentarem à mesa.
Em reação a estas críticas, Jorge Veiga França afirmou não negociar com base em “ameaças, imposições e exigências”, pedindo que o sindicato mude de postura e apresente datas alternativas para o encontro.
De lembrar que em causa estão reivindicações para que sejam efetuadas atualizações salariais e concedidas melhores condições de trabalho, equiparáveis às verificadas na Horários do Funchal.