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‘Movimento É Possível Impedir a Destruição’ pretende reunir com Procurador Geral da República

Data de publicação
06 Abril 2024
10:34

O ‘Movimento É Possível Impedir a Destruição’ pretende reunir o Procurador Geral da República com o intuito de “colocar problemas” relativos ao sistema de Teleféricos do Curral das Freiras.

Em comunicado, o referido movimento alerta para “o desrespeito persistente dos princípios fundamentais do bem comum e de defesa do interesse público por parte das entidades governativas que promovem” o sistema, considerando, este, um “projeto que descaracterizaria definitivamente o ícone que é o vale do Curral das Freiras”.

“Este é um dos projetos que lembram outros devaneios dos governantes desta terra, tais como a Marina do Lugar de Baixo que consumiu valores que dariam (à época) para construir o novo hospital; o heliporto do Porto Moniz, que nunca foi usado ou o Campo de Golfe da Ponta do Pargo que continua a consumir o Orçamento Regional, entre outras pérolas das obras público nesta Região Autónoma”, expressa o movimento, acrescentando que “com indícios de forte ilegalidade e de forma prepotente, já foram feitos acentuados rasgos na paisagem junto ao miradouro do Paredão com a desculpa de proceder a elegias sondagens, colocando em risco a consistência do geossítio do Paredão e descaracterizando a paisagem que promove a visita de milhares de visitantes à Ilha da Madeira. Ignoram os envolvidos no nefasto projeto, os riscos para a Freira-da-Madeira, a ave, em maior risco de extinção da Europa, que tem consumido avultadíssimos meios e financiamentos para evitar a sua extinção”.

O movimento recorda que promoveu a recolha de assinaturas para contestar a destruição da caraterística paisagem do Curral das Freiras, documento que foi subscrito por cerca de um milhar de pessoas.

“Apesar do persistente desrespeito pelo conjunto das iniciativas de cidadãos que alertam para o atropelo a regras básicas da conservação da natureza, para o uso responsável e sustentável de dinheiros públicos”, o movimento “não desiste de intervir, como já o fez através da Providência Cautelar que decorre nos tribunais, ou como através de iniciativas públicas de denúncia e de pedagogia cívica de forma a prevenir que não sejam levados a cabo intervenções no terreno que possam causar danos irreparáveis na paisagem e na zona do Paredão, classificada como de relevante interesse geológico”.

“Porque não se resigna, vai este movimento solicitar junto do Procurador Geral da República uma audiência para expor preocupações quanto ao desrespeito pelo interesse público, por processos de violação da legalidade e por duvidoso uso de dinheiros públicos, assim como para que se esclareça a nublosa expropriação de terrenos tendo por fim uma alegada implementação de um danoso parque de diversões para turistas empacotados”, remata.

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