“O primeiro partido que vou contactar será o JPP. Eu diria que será, a seguir ao PS, o partido com maior votação. E, se assim for, obviamente irei seguir essa vontade popular”, diz Paulo Cafôfo na projeção daquilo que sucederá domingo, após o apuramento dos resultados eleitorais.
No derradeiro dia de campanha, em plena Rua Fernão de Ornelas, o líder do PS fez uma pausa no contacto com a população, para afimar que “o Partido Socialista é o maior partido da oposição. O Partido Socialista tem tido sempre, nesta liderança da oposição, uma posição responsável. E, por essa razão, eu acredito que vamos liderar, e vou sublinhar a palavra, vamos liderar uma solução governativa no domingo”, vincou.
“Já excluímos o PSD, como é lógico, e o Chega. E, portanto, a partir daí, vamos construir uma solução governativa com aqueles partidos democráticos que queiram fazer a mudança da nossa região”, reforçou.
Neste último dia de campanha eleitoral, Paulo Cafôfo voltou a pedir a convergência de votos no PS, considerando que PSD e Chega significam instabilidade.
“Só o Partido Socialista é que pode dar governabilidade e uma situação duradoura. Por isso eu apelo a que não haja dispersão de votos, não desperdicemos os votos, concentremo-los no Partido Socialista, que essa é a única forma de nada continuar igual”, apelou.
Questionado se apresenta a demissão da liderança do PS/Madeira caso não vença as eleições, Paulo Cafôfo assegurou apenas estar confiante no resultado das eleições, não querendo antecipar esse cenário.
“Esta confiança vem efetivamente da recetividade das pessoas e daquilo que elas nos dizem. Pessoas que são do PSD dizem que vão votar no PS”, sustentou.
Cafôfo acrescentou que os madeirenses querem um governo estável e duradouro e já perceberam “que com Miguel Albuquerque isso não será possível, porque pode ser chamado à justiça, pode ser mesmo levado pela justiça” e provocar novas eleições antecipadas.
É necessário acabar com o “clima de medo” do PSD e é fundamental que os indecisos e os descontentes votem numa solução diferente, insistiu Paulo Cafôfo.