É em nome da igualdade, do cumprimento da Constituição e da necessidade de diminuir os constrangimentos da insularidade que o PAN Madeira defendeu, esta manhã, o retorno de uma ligação marítima entre a Madeira e Portugal Continental, destacando, em especial, a sua imprescindibilidade para o transporte de carga rodada.
“Não faremos deste tema uma arma de arremesso político, mas somos de acordo que é uma questão que afeta os Madeirenses e Porto-santenses e que uma ligação marítima só beneficiaria a Região”, começou por a cabeça-de-lista Mónica Freitas, num comunicado enviado à redação.
Para o partido, esta insistência no ferry prende-se sobretudo com o transporte da carga rodada e não tanto com a necessidade de encontrar alternativas para os “preços exorbitantes” das viagens aéreas praticados por algumas companhias, uma vez que “uma viagem de 22 horas não é opção viável para alguém que necessite deslocar-se para o continente”.
Assim sendo, o PAN considera que é necessário olhar para esta questão do ponto de vista prático e do potencial que este transporte poderá trazer em termos de mercadoria, bens e produtos, “que vêm diretamente nos carros e camiões, aclimatizados e/ou refrigerados sem que seja necessário o desembarque dos contentores, facilitando o processo”.
Por isso mesmo, o partido compromete-se a continuar a pugnar por esta ligação, que no seu entender deve partir dos portos de Lisboa ou Leixões, criando, por conseguinte, “mais condições de atratividade para o transporte de mercadoria, unindo esforços com o avião cargueiro e permitindo o aumento da concorrência saudável, a baixo de preços de produtos, a entrada facilitada de empresas e negócios que requerem esse tipo de transporte e de produtos mais frescos, que dependem da importação”.
“Com uma das maiores plataformas continentais, Portugal é um país marítimo e tem na Região Autónoma da Madeira a oportunidade e a responsabilidade para celebrar o mar. A economia azul é crucial para o futuro de todas e todos e o Estado Português e a União Europeia têm de dar garantias financeiras para que este transporte ocorra de forma sustentável através de biocombustíveis como o metanol verde”, finda a nota.