Entrou logo pela manhã pela porta do JM carregado de boa-disposição e com sorriso largo, algo que poderia não ter acontecido se o álcool tivesse levado a melhor. “Se tivesse continuado a beber como bebia, não estava aqui a falar de certeza absoluta”, atestou Eusébio Abreu, de 60 anos, cuja história contamos agora na rubrica ‘Perdidos e Achados’.
O mesmo nos certificou Ângelo Camacho, a caminho dos 54 anos, na tarde desse mesmo dia, na Casa de Saúde São João de Deus, onde trabalha desde o ano em que ali cumpriu tratamento. Datava janeiro de 1994, quando daquelas portas saiu pela primeira vez rumo a uma nova vida.
Desde então, passaram-se 30 anos e estas três redondas décadas de abstinência ao álcool são justamente o ponto que une estes dois homens, os quais, não querendo afirmar-se como tal, são hoje um exemplo de força e coragem para quem quer virar as costas à ‘ditadura do copo’. Porque, conforme reiteraram, o vício não é o fim da linha. É um tropeção simples de dar, difícil de recuperar, mas nunca uma sentença.
Ora, leia estes testemunhos na íntegra na edição impressa de hoje do seu JM.