Foi com um pedido de reforma judicial que Alberto João Jardim, antigo presidente do Governo Regional, reagiu hoje à libertação dos três arguidos no caso de alegada corrupção da Madeira.
“Por ação do Ministério Público caiu o Governo da República, um Governo Regional, o Presidente da maior Câmara da Madeira e degolar-se-ia a estratégia autonómica de substituir o poder económico exterior por um poder económico madeirense”, começou por escrever o ex-governante numa publicação na rede social X, antigo Twitter, que não deixou de traçar similitudes nas situações enunciados: “Em todos os casos, todos postos em liberdade. Gastou-se o dinheiro dos contribuintes e é possível uma leitura de provocação ao Povo Madeirense. Após as eleições, o presidente da República e Assembleia da República têm de INTERVIR e REFORMAR Tribunais, Administrativos, Ministério Público e Judiciária”, advogou.
Recorde-se que, esta quarta-feira, os três arguidos, mais concretamente Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia, receberam do juiz de instrução Jorge Bernardes de Melo a medida de coação menos gravosa, ficando, portanto, em liberdade com termo de identidade e residência.
A decisão foi fundamentada com a falta de indícios forte da prática dos crimes imputados aos três suspeitos, alegados crimes para os quais o Ministério Público pediu prisão preventiva. Este desígnio não foi satisfeito, tendo o ex-presidente da Câmara do Funchal e os dois empresários saído em liberdade.
No entanto, o Ministério Público já fez saber que irá recorrer da decisão.