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RIR solidário com a luta dos enfermeiros

Lígia Neves

Jornalista

Data de publicação
25 Setembro 2024
8:41

O RIR, que se autointitula como “o verdadeiro partido do cidadão comum”, manifesta, em comunicado, a sua “solidariedade para com a luta de um grupo profissional tão nobre e essencial a toda a população, como é o caso da Enfermagem”.

“Estes profissionais encontram-se em luta nestes últimos 2 dias, pela valorização e dignidade profissional. Um dos pontos de reivindicação é o reconhecimento da Enfermagem como profissão de alto risco e de desgaste rápido”, começa por referir a coordenadora regional do partido, Liana Reis.

O RIR manifesta que os enfermeiros “exercem uma profissão com elevada complexidade e na qual têm de lidar de forma constante com a prevenção, com a doença e até mesmo com a morte, além de toda a dificuldade que é lidar com os doentes e a família em momentos de extrema fragilidade e frustração”, momentos estes que considera serem “facilitadores de violência verbal, física e emocional por parte de quem procura os serviços de saúde, estando já documentado que é o grupo profissional que mais sofre agressões entre os profissionais de saúde”.

Outro fator, apontado pelo partido, que contribui para o “desgaste rápido” destes profissionais de saúde é o trabalho por turnos. “Existem estudos que demonstram que o trabalho por turnos pode ter consequências negativas para a sua saúde geral, e têm encontrado associações entre o trabalho por turnos e um maior risco de distúrbios do sono, como insónia ou sonolência excessiva. A privação de sono e a dificuldade em manter um padrão de sono regular podem conduzir à fadiga crónica, diminuição da concentração e aumento do risco de erros e acidentes, bem como afetar negativamente o metabolismo e aumentar o risco de desenvolver doenças como por exemplo diabetes, obesidade e doenças cardíacas”, justifica Liana Reis.

Recordando que, atualmente, a idade da reforma sem penalização em Portugal é de 66 anos e 4 meses, a coordenadora do partido pede que “imaginemos estes profissionais no exercício da sua profissão, com todos os agravantes à idade e ao seu desgaste físico e emocional. Em que serviços serão colocados? Que funções lhes serão atribuídas? Que proteção lhes será dada? Estarão aptos fisicamente a prestar cuidados de higiene com qualidade e seguros? Estarão aptos a executarem tratamentos complexos?”, indaga.

Perante tais condições, o RIR alerta, por fim, que “é fundamental que sejam estabelecidas medidas que reconheçam o desgaste rápido e o alto risco inerentes à profissão de enfermeiro, garantindo, um regime especial de antecipação da pensão de velhice, para esses profissionais, que são essenciais para o sistema de saúde e para o bem-estar da população”.

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