Decorre, na Sé Catedral do Funchal, a missa solene da Páscoa, à qual assistem centenas de fiéis.
Na homilia, D. Nuno Brás, bispo do Funchal, começou por referir que a vida é, muitas das vezes, guiada pela questão “quando fores grande, o que queres ser?”, o que significa o mesmo que dizer que “planeamos e vivemos a nossa existência a partir dos nossos sonhos”.
Procurando definir o papel que Jesus representa em cada um de nós, incluindo nesse momento, D. Nuno Brás frisou que a notícia da sua ressurreição vai mais além, nomeadamente até “uma possibilidade que desconhecíamos”, isto é, “olhar para a nossa vida a partir de uma outra perspetiva. Não terrestre mas celeste”, disse.
Referindo-se à ressurreição como a eternidade, D. Nuno Brás salientou que não a ganhamos “sendo célebres ou importantes”, antes é-nos oferecida “como horizonte” e “como força motora (...) Não porque a possamos construir (como poderíamos nós construir a eternidade?), mas porque ela nos é oferecida por Deus como graça em Jesus ressuscitado”, apontou.
Deste modo, refere, a partir da ressurreição de Jesus, levanta-se uma questão: “como posso viver ressuscitado?”, sendo que “tudo o resto se mostra de menor importância”.
D. Nuno Brás afirma que “precisamos que esse hino da ressurreição entre em nós (...) e permaneça no nosso coração” para, desse modo, “ser o princípio de uma vida nova”.
“O nosso país necessita de escutar a boa notícia da ressurreição, tão enrodilhado que está em pequenos conflitos de corte, incapaz de enfrentar os problemas sérios da vida dos seus cidadãos”, disse, dando como exemplo ainda o cenário que se vive pelo resto do mundo, “prisioneiro das guerras infindáveis”.
“Deixemo-nos envolver pela Boa Notícia pascal. Que uma vez mais, ela entre em toda a nossa vida e constitua uma seiva nova a dar vida eterna ao mundo inteiro”, rematou.