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Artigo de Opinião

Engenheiro

14/09/2023 08:00

Aqui na nossa ilha já tivemos uma experiência parecida, uma experiência de uma governação socialista paupérrima e traumatizada, para além de traumatizante também. Falo claro da era socialista na gestão da cidade do Funchal e que a única marca que deixou, foi exactamente o facto de não ter deixado qualquer marca. Vamos então a factos, o que fez esta gente durante oito anos de gestão autárquica da capital? Nada, absolutamente nada. Bem, se calhar estou a ser injusto, afinal parece que mudaram o nome da Cota 40, apesar de toda a gente continuar a chamá-la de Cota 40 (povo difícil). Como autênticos arautos da cultura urbana e porque eram moderninhos, parece que pintaram uns rabiscos num túnel, por coincidência também na Cota 40 (coitada, foi massacrada). Também arranjaram um terço de uma rua com a graça do Senhor Bom Jesus, uma autêntica revolução urbana. Por puro capricho montaram um pré-fabricado para servir de posto de turismo da Avenida do Mar, e o Funchal passou a receber mais meio milhão de turistas à custa desta arrebatadora ideia. Quase que me esquecia, ainda tiveram tempo para se agarrarem com unhas e dentes a uma pastelaria como se fosse a última cornucópia da vitrine, mas não aconteceu nada e a tão proclamada reabilitação urbana, esfumou-se. E por último e não menos importante, arrasaram umas dezenas valentes de árvores da nossa cidade, cujo único pecado que cometeram era estarem de pé. E pronto, resumidamente foi isto, oito anos de uma frenética governação socialista. Que trabalheira, ainda bem que acabou, deviam estar exaustos.

É fácil perceber as semelhanças, nada fazer, debitar umas ideias, iludir, comunicar, e pronto, está feito. De caminho e para dispersar e fugir ao que é realmente importante, há que criar alguns antagonismos e umas guerras de alecrim e manjerona, o povo gosta e os jornalistas deliram. Costa, o optimista irritante, está a fazê-lo de forma magistral e o país assiste de bancada. Os socialistas cá da ilha também o fizeram e continuam a fazê-lo. É a única coisa que sabem realmente fazer. No período rosa de má memória para os funchalenses, o alvo a abater era o Governo Regional. Foram as ribeiras, as pontes, a electricidade, a água, tudo o que cheirasse a Governo Regional era para atrapalhar, embargar ou deixar de pagar. Um terrorismo administrativo elaborado e maquiavélico que no fim só prejudicou a população e que ainda vai custar muito dinheiro a todos nós. Infelizmente o registo continua o mesmo, parece que não aprenderam. Como disse Abraham Lincoln: "Podemos enganar uma pessoa por muito tempo, algumas por algum tempo, mas não se consegue enganar todas por todo o tempo". A verdade é como o azeite vem sempre ao de cima e a incompetência também.

Vivemos num país em que um silencio calculado do primeiro-ministro num Conselho de Estado foi notícia durante uma semana, eclipsando completamente o país real e abrindo caminho para que as verdadeiras notícias passassem apenas nos rodapés das nossas televisões. Na Madeira e no Porto Santo não queremos estes silenciosos irritantes e perversos, queremos alguém que governe efectivamente e com os olhos postos no futuro. A verdadeira política faz-se com palavra e com as palavras, faz-se dizendo ao que se vem. Em política, o silêncio não é dos inocentes, é dos culpados.

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