Antologia do madeirense conhecido por ‘João Mistério’ foi editada pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura, com o título ‘Falam as Coisas Humildes’. A coordenação é da artista visual Georgina Abreu.
Chama-se ‘Falam as Coisas Humildes’ a antologia poética do madeirense Teodoro Correio, que acaba de ser editada pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura, através da Direção Regional da Cultura, uma obra coordenada pela bisneta do autor, Georgina Abreu, que conta com prefácio de João Carlos Abreu.
A apresentação pública da obra da autoria do poeta, jornalista e novelista conhecido pelo pseudónimo ‘João Mistério’, falecido em 1955, no Funchal, decorreu esta terça-feira, na Quinta Magnólia – Espaço Cultural, conduzida pelo antigo secretário regional.
Na ocasião, Georgina Abreu, jovem artista visual natural do Funchal, com 24 anos, explicou que esta é uma homenagem da própria, assim como de toda a família, prestada ao seu bisavô. “Foi no colo do avô Carlos que descobri, pela primeira vez, os poemas do bisavô Teodoro”, lembra, os quais chegou a citar e a utilizar durante os estudos, tanto no ensino secundário como no ensino superior.
No decurso da realização do último projeto para a faculdade, ocorreu, em plena pandemia, a ideia de editar uma antologia poética, para que mais pessoas, especialmente as da sua geração, tivessem acesso aos poemas do seu bisavô. Aí se iniciou o processo de “recolher, organizar, ler e sentir” os poemas de Teodoro Correia. No final, sentiu que apesar de longo, o processo teve “o seu momento certo”, disse, grata por ver a obra editada, e apresentada por João Carlos Abreu, também autor do prefácio.
São 49 poemas, divididos em sete capítulos, que fazem parte de três publicações de Teodoro Correia (‘Nimbos’, editado em 1932, ‘Rosas do Meu Canteiro’, de 1942, e ‘Ciclo das Caravelas: Poemeto’, editado em 1966). Com o intuito de juntar duas artes e duas gerações, este livro conta com seis fotografias de autoria de Georgina Abreu.
Na apresentação, o secretário regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, realçou o exemplo que a jovem Georgina Abreu é para a sua geração. “Há uma tendência quase generalizada de se olhar para os jovens na casa dos 20 e poucos anos e de pensar que é uma geração que nos deixa pouco.A Georgina é exatamente a prova do contrário”, apontou o governante.