A inflação homóloga na OCDE manteve-se em 5,7% em fevereiro e a inflação dos produtos alimentares continuou a diminuir, pelo 15.º mês consecutivo, para 5,3% em fevereiro, contra 6,3% em janeiro, foi hoje anunciado.
Num comunicado, a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico) afirma que a inflação global abrandou em três quartos dos países da OCDE, com as maiores descidas mensais registadas na Polónia e na Suécia e a maior subida na Turquia, sublinhando que a inflação global foi inferior a 2,0% em sete países da OCDE e manteve-se negativa na Costa Rica.
Em relação à inflação dos produtos alimentares - que em fevereiro desacelerou para 5,3% e foi inferior à inflação global pela primeira vez desde novembro de 2021-, a organização refere que a mesma aumentou apenas em quatro países da OCDE.
No que toca à inflação energética, a OCDE indica que esta aumentou, mas permaneceu moderadamente negativa em menos 0,5% em fevereiro, apesar da forte inflação energética na Turquia e na Colômbia.
A inflação subjacente da OCDE (inflação sem alimentos e energia) continuou a diminuir, mas permaneceu elevada em 6,4%, devido aos preços dos serviços.
A inflação homóloga também se manteve estável no G7, situando-se em 2,9% em fevereiro, o nível mais baixo desde abril de 2021, tendo aumentado no Japão, refletindo um efeito de base, uma vez que os preços da energia tinham diminuído significativamente em fevereiro de 2023 com a introdução de subsídios à energia. Em contrapartida, o Reino Unido e a Alemanha registaram as descidas mais fortes da inflação global em fevereiro, adianta a OCDE.
Na zona euro, a inflação homóloga medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) diminuiu para 2,6% em fevereiro, contra 2,8% em janeiro.
A descida da inflação dos produtos alimentares foi cerca de duas vezes superior à da OCDE, enquanto a inflação subjacente diminuiu a um ritmo semelhante ao da OCDE.
Em março, a estimativa provisória do Eurostat apontava para uma nova descida da inflação global (para 2,4%) e da inflação subjacente (para 2,9%, contra 3,1% em fevereiro) na zona euro, com um abrandamento da descida dos preços da energia.
No G20, a inflação homóloga subiu para 6,9% em fevereiro, contra 6,4% em janeiro, atingindo o nível mais elevado desde março de 2023.
Esta subida foi impulsionada, em parte, por um aumento da inflação global na China, que passou a ser positiva pela primeira vez desde agosto de 2023.
A inflação global também aumentou na Arábia Saudita e na Indonésia e registou um salto ainda maior na Argentina e manteve-se globalmente estável no Brasil e na África do Sul.