A produção de resíduos sólidos na Madeira rondou, no ano passado, as 312,6 mil toneladas, mais 73,8 mil toneladas (+30,9%) do que em 2022.
Segundo dados, hoje, divulgados pela Direção Regional de Estatística, este acréscimo é justificado pela deposição de inertes na ilha (+119,3%), “sendo que, excluindo este tipo de resíduos no conjunto do arquipélago, a variação na produção global de resíduos na Região seria sempre positiva, mas bastante inferior (+0,8%)”.
Conforme explica a DREM, uma parte substancial da produção global está relacionada com os resíduos encaminhados para a Estação de Tratamento de Resíduos (ETRS) da Meia Serra, que rondou as 139,5 mil toneladas, -0,7% que no ano precedente. “Esta queda ligeira foi impulsionada pela diminuição de 5,7% na valorização energética (incineração de resíduos sólidos urbanos) e na gestão de resíduos hospitalares (-24,2%), que os aumentos de 42,8% dos resíduos depositados no aterro sanitário e de 112,1% da valorização orgânica foram insuficientes para contrabalançar”, acrescenta.
Quanto aos resíduos destinados a reciclagem fora da Região, aproximaram-se das 35,9 mil toneladas, o que equivale a um aumento de 9,1% face ao ano anterior. A DREM destaca o acréscimo de pneus, na ordem dos 51,9%, das embalagens plásticas e metálicas (+23,6%) e do cartão (+16,2%). Em contrapartida, foram verificadas reduções nas pilhas (-30,6%) e no papel (-12,7%).
Tendo em consideração a compostagem realizada nas ETRS da Meia Serra, a DREM evidencia que a valorização realizada na Região totalizou 10,3 mil toneladas (+60,8% que em 2022), com crescimentos no total de compostagem (+109,8%), na valorização da estilha (+34,3%) e do plástico (+79,3%), enquanto a valorização de pneus e de resíduos de construção e demolição diminuíram 34,9% e 22,0%, respetivamente.