A Direção da Associação Nacional de Professores (ANP) – Secção Regional da Madeira, informou, hoje, que tem agendadas várias reuniões nos próximos dias com vários Partidos candidatos às eleições Legislativas previstas para o próximo dia 10 de março.
Conforme informa uma nota enviada à redação, estas reuniões tem como propósito “ouvir os candidatos a deputados pelo círculo eleitoral da Madeira e Porto Santo para a próxima legislatura e que vão representar a Madeira no governo nacional”.
Neste sentido, Luis Alves, presidente da ANP Madeira, referiu que, depois de conhecer alguns programas e ouvir os debates que estão a decorrer na televisão portuguesa e de constatar que, em muitos deles, o tema da educação esteve um pouco ausente, a ANP Madeira pretende fazer chegar a voz dos professores e educadores que representa aos diversos partidos, para que os mesmos possam refletir sobre os problemas que afetam o setor e contribuir para a sua resolução.
“Por isso, com estas reuniões pretende-se de uma forma geral conhecer as propostas dos mesmo no panorama nacional na área da Educação e que para além de ouvir as intenções dos vários partidos, a ANP Madeira pretende apresentar algumas das principais preocupações dos professores e educadores em prol da Educação Nacional e que preocupam muito a classe docente e as escolas”, avançou a mesma comunicação.
Entre tais preocupações, esta associação destacou nomeadamente a falta de professores, o atual modelo de Avaliação Docente, a recuperação do tempo de serviço (“pois ao contrário da Madeira e Açores, que foi recuperado na totalidade, no continente só foi recuperado apenas 2 anos, 9 meses e 18 dias), o atual regime dos concursos nacionais, incluindo o concurso de Mobilidade por Doença “que afetou centenas de docentes com as novas regras”, a abolição das quotas de acesso ao 5.º e 7.º escalão e a diminuição dos alunos por turma.
Outras dos temas a discutir são a reorganização dos currículos, o envelhecimento da classe docente e a exaustão que afetam a maioria dos professores e educadores portugueses, em virtude do enorme desgaste causado pelo exercício da profissão.
Desta forma, Luis Alves considerou que neste encontro terá a oportunidade de sublinhar que estes problemas têm de ser enfrentados e combatidos prioritariamente, bem como apresentar propostas de orientações estratégicas para os resolver.
“É crucial que o governo que vier a resultar das próximas eleições legislativas tenha uma ação firme e consistente na área da Educação, por forma a assegurar os contributos cada vez mais relevantes e valiosos deste setor para o desenvolvimento económico e social do país”, vincou.