Os militares russos declararam hoje que o ataque com mísseis na terça-feira, que matou pelo menos 53 pessoas e feriu mais de 200 em Poltava, no centro da Ucrânia, teve como alvo um centro de treino militar.
As forças russas “realizaram um ataque preciso ao 179.º centro de treino conjunto das forças armadas ucranianas na cidade de Poltava”, afirmou o Ministério da Defesa russo num comunicado.
“Todos os alvos escolhidos foram destruídos”, lê-se na nota.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, os especialistas em comunicações e guerra radioeletrónica de todas as unidades militares das forças armadas da Ucrânia são formados nesse centro de treino militar.
Além disso, esse centro – alegadamente dirigido por estrangeiros - treinou operadores de ‘drones’ que participaram “em ataques contra alvos civis no território da Federação Russa”, alega .
Os serviços de emergência ucranianos declararam hoje que 53 pessoas morreram no ataque russo, um dos mais graves desde o início da guerra, e outras 298 ficaram feridas.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, explicou que os dois mísseis russos destruíram parcialmente um Instituto de Comunicações em Poltava, mas nenhum momento aludiu à natureza militar das instalações.
O Ministério da Defesa ucraniano, cujos principais comandantes foram criticados por concentrarem um grande número de soldados num local tão exposto, abriu uma investigação para esclarecer as circunstâncias em que ocorreu o ataque.
O Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou Kiev com retaliações pela incursão ucraniana na região russa de Kursk, que completa um mês essa semana.
Hoje, a Rússia reivindicou também a conquista de uma nova localidade no leste da Ucrânia, Karlivka, localizada a cerca de trinta quilómetros da cidade de Pokrovsk, um centro logístico chave para as forças ucranianas, que há meses recuam nessa área diante dos ataques russos.
“As unidades do grupo militar central libertaram completamente a aldeia” de Karlivka, afirmou o Ministério da Defesa russo.