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Ucrânia: Polónia relata entrada de “aparelho aéreo” no país após vaga de ataques russos

Data de publicação
26 Agosto 2024
15:02

O exército polaco relatou que um “aparelho voador”, provavelmente um ‘drone’, entrou hoje no território da Polónia, membro da NATO, antes de desaparecer dos radares, no mesmo dia em que ocorreu uma vaga de ataques russos na vizinha Ucrânia.

Ataques “maciços” de mísseis e ‘drones’ (aparelhos não tripulados) russos visaram hoje infraestruturas energéticas da Ucrânia, provocando pelo menos quatro mortos e obrigando as autoridades ucranianas a impor novos cortes de energia.

“Estamos provavelmente perante a entrada de um aparelho voador em território polaco. [A sua presença] foi confirmada por pelo menos três estações de radiolocalização”, disse o general Maciej Klisz, líder das forças operacionais polacas, acrescentando que o objeto em questão ainda está a ser procurado.

“As suas características mostram que não se trata de um míssil hipersónico, balístico ou guiado”, disse o representante, em declarações aos ‘media’ polacos, admitindo tratar-se “provavelmente de um objeto voador não tripulado”.

“As condições meteorológicas não nos permitiram visualizar a situação”, embora “tudo estivesse pronto para neutralizar o objeto”, acrescentou, por sua vez, o coronel Jacek Goryszewski, porta-voz do comando das forças operacionais.

As buscas pelo aparelho estão concentradas nas imediações da pequena cidade de Tyszowce, no sudeste da Polónia, a cerca de 30 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.

Este é um novo caso de violação do espaço aéreo polaco desde a invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. A situação mais recente tinha ocorrido em dezembro passado.

Em novembro de 2022, um míssil ucraniano caiu sobre a aldeia polaca de Przewodow, perto da fronteira com a Ucrânia, matando dois civis, enquanto a Rússia levava a cabo ataques maciços contra infraestruturas civis ucranianas em todo o país.

Antes da origem do míssil ter sido identificada, a queda do projétil na aldeia polaca suscitou, na altura, o receio de que a NATO fosse arrastada para o conflito, naquilo que seria uma importante escalada da guerra na Ucrânia, uma vez que a Polónia está protegida por um compromisso de defesa coletiva da Aliança Atlântica.

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