A programação e o investimento que imprimimos à Festa da Flor, engrandecendo, anos após ano, o evento, acrescentando-lhe dinâmica e fazendo evoluir o produto turístico com novas propostas, fazem com que a Madeira ganhe mais colorido, mais vida e consequentemente o rendimento coletivo da atividade ganhe valor acrescentado e derrame mais dinheiro na nossa economia.
Fruto de uma autonomia conquistada, temos oportunidade de desenhar as nossas propostas e decidir o que melhor serve o desenvolvimento dos madeirenses e porto-santenses. E esta autonomia trouxe-nos a Festa da Flor, o Carnaval, o fim de ano, o Festival do Atlântico ou o Festival Colombo e tantas outras opções turístico-culturais que permitem escolhermos o que melhor se adequa em cada momento à nossa singularidade insular e atlântica, afirmando a identidade regional e alavancando o que nos diferencia em favor da economia e da melhoria da qualidade de vida coletiva.
Enquanto que no retângulo se passou a semana a repisar a visita do Lula por entre cravos, discursos, reações e manifestações com as três principais figuras de Estado a mostrarem perante as câmaras de que matéria são feitas e de como estão na política, por cá focamo-nos no que de melhor nos trouxe abril e colocamos a nossa autonomia a florir. E sempre que a autonomia floresce e se desenvolve, são os madeirenses que crescem e ganham qualidade de vida. Em vez de nos inebriarmos com o cálice saudosista de um cravo de abril, potenciamos todos os jardins e demos espaço para que todas as flores cresçam e se desenvolvam. Num ápice, mesmo com um feriado pelo meio, o Funchal acorda a florir, com cenários, expositores e stands que evocam a nossa memória, que evocam a nossa história. Cenários que ganham vida com os milhares de turistas que chegam ao aeroporto que construímos e pagamos com o suor da nossa autonomia. Sim, porque as nossas opções e as nossas obras maiores são pagas por todos nós e não aceitam o troco em cravos, por melhor cor que tenham!
Democracia rima com Autonomia. Mesmo que alguns não gostem e a procurem diminuir. Aqueles que certamente por estes dias irão valorizar um espaço que ficou por limpar ou dar voz a um pormenor que não foi possível acatar. Todavia, não desistiremos de crescer e fazer valer a autonomia que conquistamos, pois é essa Autonomia que faz a Madeira florir!