Proponho-vos um olhar analítico sobre algumas das dinâmicas que unem Portugal e Cabo Verde, destacando paralelismos notáveis entre os dois sistemas.
Podemos começar por explorar a lógica legislativa. Emerge uma discussão sobre as semelhanças e divergências nos caminhos adotados por ambos os países, questionando a eficácia das políticas na consecução de uma governação coesa. Por outro lado, a indexação do escudo cabo-verdiano ao euro, à semelhança do que ocorre em Portugal, constitui um ponto de convergência económica. Este fator suscita reflexões sobre as implicações desta relação monetária, não apenas para Cabo Verde, mas também para Portugal, evidenciando desafios e oportunidades compartilhados entre as duas nações.
Ao nível político o relacionamento é excelente, dando continuidade a uma cooperação mutuamente vantajosa e de acordo com as necessidades e com as possibilidades de ambas as partes. Quanto às relações económicas, financeiras e comerciais, importa reter alguns dados: Portugal é o principal investidor estrangeiro em Cabo Verde, o que o coloca como um dos maiores clientes de Portugal fora do espaço europeu. Cabo Verde está à frente de países como a Grécia, Luxemburgo, Finlândia, o Japão e de todos os países do alargamento da União Europeia. Quanto à valorização dos recursos humanos, o apoio à educação e formação profissional continua a ser uma das prioridades da cooperação, aplicando-se este e os demais paralelismos, de igual modo, à R.A.M.
Cabo Verde está na moda!
A participação de Cabo Verde em sistemas internacionais e tratados relevantes, bem como a presença e participação em vários programas da EU, destaca a relevância global do país, estabelecendo paralelos com Portugal. Esta integração não apenas fortalece os laços internacionais, mas também reflete o compromisso de ambas as nações com os valores democráticos partilhados. Ao longo de décadas, essa convergência de valores tem contribuído para a estabilidade política, distanciando Cabo Verde de golpes políticos que têm afetado outras regiões do mundo.
Ao considerar o Index das Democracias, onde Cabo Verde ocupa a 32ª posição e Portugal a 28ª, percebemos uma tranquilizante equiparação. Esta comparação não só evidencia os êxitos democráticos conquistados por ambos os países, mas também lança desafios para uma busca contínua por melhorias no âmbito político.
No que se refere à confiança e proximidade com a Europa, Cabo Verde emerge como um parceiro fiável, alinhado com as convicções legislativas e ideológicas da região. O paralelismo igualmente presente nos valores promove a estabilidade e a confiança mútua.
É indiscutível a vitalidade das relações entre estes dois países. Esta dinâmica conjunta contribui para a prosperidade e estabilidade das duas nações.
Em resumo, esta análise proporciona (mais) uma visão das interligações entre Portugal e Cabo Verde, destacando paralelismos significativos, emergindo desafios, oportunidades e uma rica tapeçaria de experiências que reforçam, cada vez mais, as relações entre ambos. É notória a qualidade do relacionamento, o nosso diálogo é fácil, há́ um crescente interesse pela cultura cabo-verdiana, desenvolvem-se intercâmbios a todos os níveis e, por seu lado, Cabo Verde oferece condições de segurança, estabilidade e seriedade, o que faz da nossa relação um caso único e exemplar nos espaços lusófonos. Como costumo referir: “Cabo Verde... está bem e recomenda-se!”