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Artigo de Opinião

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3/01/2024 08:00

Esta é a questão que se pode fazer diariamente, já que os povos olham com desdém desta democracia, de esquerda, ou de direita, todos se submetem ao mesmo, aplicam as mesmas medidas, tomam as mesmas medidas. As últimas notícias indicam que 50% dos americanos entre 18 e os 45 anos não acredita que a “democracia seja a melhor forma de governação.” É algo preocupante.

Quem não se recorda do Syriza que era encabeçado por Tsípras, alguém da extrema-esquerda, que anunciava grandes mudanças na Grécia e recusava qualquer tipo de resgate e acaba a aplicar as medidas impostas pela Troika? Muitas vezes o Povo, sabiamente, diz seja de esquerda seja de direita é tudo a mesma coisa. Mas será mesmo? Já famosa fabulosa da cigarra e formiga, em que cigarra passa o verão a cantar e a formiga a trabalhar para no Inverno ter o seu, será algum tipo de retrato?

Temos assistido à ascensão da extrema-direita, por falta de líderes políticos com capacidade de liderança numa Europa órfã de líderes. Para ser líder não basta ganhar as eleições é necessário muito mais que isso.

Mas não é só na Europa que temos verificado esta descrença nos políticos, tivemos esse cenário nos Estados Unidos da América, no Brasil. Em ambos, a Justiça exerce um maior poder sobre a democracia do que os cidadãos, um qualquer burocrata decide quem pode e não pode candidatar-se. No Brasil, o povo não teve oportunidade de votar no Lula nas eleições ganhas pelo Bolsonaro e nos próximos meses saberemos se Trump pode ser ou não candidato. Na Argentina, Milei aplica medidas polémicas, sendo um dos mais polémicos, uma espécie de Idade Média, em que os argentinos vão poder passar a receber o seu ordenado em leite ou carne em vez de dinheiro. Portugal caminha a passos largos para umas eleições que se prevê que ficaremos com um país ingovernável ou nas mãos de um partido de extrema-direita. A situação económica e financeira, a perda de valores, tem causando esta polarização, já que se cria mitos, mitos de que não existe igualdade, liberdade e justiça, já que esses são pilares da sociedade. Estes partidos exploram os medos do Povo, com discursos simplistas e falaciosos, encontrando eco numa parte da população desiludida com os rumos políticos e sociais. Por exemplo: a questão das cunhas, prática que muitos acham que é portuguesa, mas na verdade é uma prática Mundial. O problema é que Portugal não tem qualquer tipo de legislação para isso. As cunhas, em vulgo português, que os americanos designam por lobismo. Algo extremamente regulado e que traz mais transparência à Respublica.

Respondendo à questão do título: não poderia escrever este artigo! Assim, mais do que responsabilidade dos políticos, é responsabilidade de quem elege, mas também termos a capacidade de separar o joio do trigo, existir um verdadeiro incentivo de trazer os melhores para a causa pública para que se possa verdadeiramente ter uma sociedade global melhor, não sermos a primeira geração que deixará condições piores que a geração seguinte.

Tal como defendeu Churchill a democracia, apesar das suas falhas e imperfeições, é considerada a melhor forma de governo quando comparada às alternativas.

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