Não temos qualquer dúvida sobre as dificuldades que se avizinham. O sucesso do JPP no Parlamento e nas autarquias faz com que a batalha política se intensifique e não temos dúvidas de que a artilharia política está voltada para o JPP, como, aliás, é público. A denúncia, a fiscalização, a oposição apertada que temos levado a cabo tocou em muito bolsos poderosos. Por isso, alguém duvida que os que estão nas esferas do poder utilizarão, novamente, todos os recursos para a construção de mentiras com o objetivo de nos calar?

Permitam-me assumir em meu nome pessoal, mas também em nome dos meus colegas: Não conseguirão!

A nossa história já o demonstrou, quando um grupo de cidadãos genuínos, humildes, destemidos e trabalhadores decidiram meter "mãos à obra" e desafiar um PSD totalitário que dominava as juntas, as câmaras e o próprio Governo Regional. Além disso, já demonstramos ao longo destes anos no parlamento regional, alicerçados em pouca retórica, mas com muita ação, que é possível fazer política de forma diferente.

Numa luta de David contra Golias, fomos todos nós, homens e mulheres, que com uma crescente intervenção ao nível da cidadania participativa, afrontamos os poderes instaurados e provocamos verdadeiros abanões políticos que, estrategicamente, têm vindo a ser desconsiderados por alguns, mas que têm vindo a revelar-se determinantes no presente e para o futuro da política regional.

Hoje, o JPP afirma com todo o orgulho que ao sucesso autárquico alia o excelente trabalho ao nível do Parlamento Regional, onde, com apenas 3 deputados, é o partido que mais fiscaliza e que, por consequência, mais processos levanta ao Governo de Miguel Albuquerque.

Tem sido publicamente reconhecido que, com 3 deputados, somos os líderes da oposição. E temos a coragem de, sem medos, confrontar um regime de partidos que choca de frente com as ambições do Povo Madeirense, que continua a focar a sua ação política num modelo caduco, que alimenta as suas clientelas com mais despesa pública, que todos temos (e teremos) de pagar.

Um conjunto de partidos de pequenas lógicas partidárias, que vivem de bolhas mediáticas, mas que passam completamente ao lado dos reais problemas dos madeirenses e porto-santenses.

Um conjunto de partidos que vivem sob a sombra de monopólios e sob diretrizes e orientações (e em completa subserviência) com os seus líderes partidários em Lisboa.

Um conjunto de partidos que, neste período eleitoral, não se envergonham de prometer "Novas metas", seja através de quem nos Governa e seja por aqueles que nos têm representado na República, mas que nunca concretizam a efetiva resolução dos velhos problemas:

- continuamos a aguardar por uma Saúde que não condene os Madeirenses e Porto-santenses a aguardar, em sofrimento, por uma solução para os 180 mil atos médicos em lista de espera;

- continuamos a aguardar a ligação marítima com o continente e mantemos a incerteza em garantir uma nova solução para os absurdos preços das viagens aéreas. Algo que nem PSD/CDS, nem PS parecem querer resolver;

- continuamos a aguardar a PROMETIDA baixa de impostos, agravados por uma dívida pública que condena os Madeirenses e Porto-santenses a pagar mais do que lhes seria devido nas compras de supermercado, nos combustíveis, nas telecomunicações e que nega um alívio determinante para os cidadãos e para as empresas regionais;

- continuamos a aguardar estratégias que devolvam a vitalidade ao nosso setor primário - à nossa pesca, à agricultura regional - e que devolva a riqueza que sabemos existir nos nossos mares e nos terrenos agrícolas;

- continuamos a aguardar estratégias que retirem a Madeira do topo da lista das Regiões do país com a maior taxa de risco de pobreza ou exclusão social;

- continuamos a aguardar procedimentos e processos políticos mais transparentes, com responsabilização civil e criminal dos políticos perante a má gestão pública. Processos que não estejam reféns de interesses e de jogadas político-partidárias;

O certo é que muito se fala de voto útil, mas a verdade é que, até hoje, esse voto desembocou sempre, em completas INUTILIDADES. Quer em Governos PS no Continente, quer em Governos PSD que nunca conseguiram trazer soluções para as Regiões.

É necessário apostar num novo caminho, num caminho sem vícios, em partidos que defendam verdadeiramente a Região Autónoma da Madeira, sem interesses instalados e sem amarras políticas a um passado que a todos nos envergonha.

O JPP quer construir esse caminho, com todos.

Em Frente, sem Medos!