Por muitas leituras que se queiram fazer, a principal conclusão só pode ser uma: "SOMOS MADEIRA" mereceu o voto massivo dos madeirenses e porto-santenses, alcançando 43,13% dos votos. Com o desgaste natural de quem exerce o poder há quase 50 anos, e com a dispersão dos votos nas diferentes forças políticas, estes resultados são a prova de que os eleitores continuam a confiar no PPD/PSD para governar a Madeira. À Coligação compete agora garantir e manter a estabilidade necessária para continuarmos na senda do desenvolvimento, do crescimento socioeconómico e da manutenção da coesão social.
Todavia a não concretização da maioria absoluta é um revés inesperado face às sondagens conhecidas. A divulgação de sondagens em cima das eleições teve, claramente, influência no sentido de voto da população, ao contrário daquilo que se pretende com sondagens desta natureza, que é conhecer a tendência de voto dos eleitores, previamente ao ato eleitoral. Quer as últimas eleições nacionais (que conduziram ao voto útil no PS, por reação à hipótese do Chega poder integrar um governo liderado pelo PSD), quer as eleições regionais do passado dia 24 de setembro, foram fortemente influenciadas pelas sondagens em cima das eleições.
Mas seja qual for o resultado, e como ficou patente na noite do passado domingo, Miguel Albuquerque não se descarta das suas obrigações. Não desconsidera a larga franja da população que confiou o seu voto à Coligação por si encabeçada. Que lhe deu a incumbência de encontrar uma solução estável, confiável, para governar a Madeira nos próximos 4 anos. É umas das virtudes da liderança do nosso presidente: colocar os interesses da Madeira acima de quaisquer outros.
À semelhança do que se passou na legislatura que agora finda, o mandato que se avizinha terá uma maioria parlamentar que permitirá ao futuro Governo executar um Programa que refletirá os anseios dos madeirenses e colocará no terreno as medidas tidas como necessárias para assegurar o progresso do arquipélago.
Os madeirenses esperam, da parte do PSD Madeira e do seu líder, a mesma estabilidade, confiança e segurança que têm sido demonstradas até aqui. O novo quadro parlamentar será, para isso, decisivo. Assim como esperam que o próximo executivo seja robusto, constituído por políticos com perfil e bem preparados para o combate político, dado que é preciso não só enfrentar e estancar o populismo crescente, mas também ter consciência que seis partidos no parlamento serão oposição, quando antes eram apenas três.
O respeito pela diversidade de opiniões é uma premissa a cumprir, como também o é aceitar a vontade da maioria dos parlamentares, eleitos em sufrágio livre, universal e direto, legítimos representantes da população que irão servir. Só assim, os eleitos honram a vontade dos eleitores. Só assim se garante a dignidade da Assembleia Legislativa da Madeira, que é também um dos guardiões da madeirensidade e da autonomia que tanto nos orgulha.
O povo da Madeira sabe que pode contar com o PSD, com a liderança de Miguel Albuquerque para olhar para o horizonte, para o futuro, com a estabilidade que precisa.