Neste artigo vou abordar apenas sobre as barreiras legais, culturais e linguísticas que existem relativamente à entrada de bens em determinados países. Se nos focarmos na indústria da alimentação e bebidas então as regras são ainda muito mais rígidas e com um controlo muito maior. Posso aqui referir sobre os regulamentos bastante apertados que existem relativamente à entrada de bebidas alcoólicas em determinados países sobretudo os países escandinavos, a América do Norte, assim como os países árabes.
Os hábitos culturais de cada país também contribuem de forma muito vincada sobre o sucesso ou insucesso do nosso produto em diferentes mercados, nomeadamente produtos alimentares proibidos por motivos religiosos, nomeadamente bebidas alcoólicas ou carne de determinados animais.
A carga burocrática, a necessidade de licenciamentos prévios, autorizações governamentais também são um custo para o qual as empresas têm de estar preparadas quer em termos de tempo quer em termos financeiros.
Outro aspeto que se coloca é a rotulagem dos produtos, onde os mesmos devem conter a informação obrigatória exigida no país de destino das exportações. Normalmente esta informação deverá ser feita na língua do país de destino. Às vezes também é necessário criar uma nova marca para diferentes mercados, isto acontece quando já existem registos da nossa marca.
Daqui resulta a necessidade do estudo prévio que referi inicialmente para aferir os custos e a adaptabilidade do nosso produto aos diferentes mercados e assim decidir se efetivamente vale a pena abordar determinado mercado ou não. Obviamente que conquistar mercados externos é um desafio enorme e implica ultrapassar muitas barreiras e obstáculos, mas por vezes é a única forma de fazer crescer as empresas quando o mercado local já está esgotado.