Através de uma nota de comunicado medíocre, que acusa os bananicultores de se acharem ‘gurus da banana’ e "Treinadores de bancada", apontando-lhes uma "esquizofrenia próprias de um espírito ignorante". Sim, por incrível que possa parecer, foi isto que foi enviado aos meios de comunicação por uma entidade pública, uma entidade que recebe dinheiro dos contribuintes, que deveria representar e defender a população da Madeira, mas que se dirige nestes termos aos cidadãos. VERGONHOSO! Em muitos Governos levaria a uma demissão imediata. Mas não nesta Região!
Uma nota de comunicado lastimável, com linguagem abjeta, desprezível, execrável… que ofende gratuitamente trabalhadores que preocupados com a falência do sector, pediam mais rendimento e uma melhor gestão do setor, devido à grande "diferença nos preços praticados, ao dar conta que em média, a GESBA paga 0,30 euros/kg ao agricultor, e em média essa mesma banana é vendida, no Continente, a 2,82 euros/kg".
Defendiam, acerrimamente, que a perda de rentabilidade é comprovada pelo facto de estarem a receber cerca de um terço, em valor real, do que recebiam antigamente. Uma verdade irrefutável, facilmente verificável pelas faturas que os bananicultores energeticamente agitavam nas suas mãos. De facto, só não vê, quem não quer ver.
Mas acima de tudo, esta nota de imprensa reflete uma enorme cobardia política pelo facto de não vir assinada. Ninguém teve a coragem de dar a cara, e ninguém da Secretaria da Agricultura de Humberto Vasconcelos chamou a si a autoria do texto. Cujo emissor apenas é identificado, pelo facto de se ter esquecido de apagar o seu nome das propriedades do documento digital remetido às redações, cuja informação revela o nome de um adjunto, nomeado para o Gabinete do Secretário Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
Segundo a GESBA, apesar da produção de banana ser o seu meio de subsistência, estes Senhores acham-se superiores aos agricultores e entendem que de banana, nada percebem. Segundo esta empresa pública, os bananicultores não percebem de banana. Quem percebe são os dirigentes da GESBA.
Com comunicados desta índole, a GESBA maltrata, menospreza, ofende os cidadãos, como se estivesse a digladiar com deputados numa arena política, sem respeito e sem qualquer tipo de consideração pelo Povo que lhes paga o ordenado!
Porque a GESBA até pode não apreciar a liberdade de expressão e os mais elementares direitos e liberdades dos cidadãos, mas, em democracia, a arte maior é saber ouvir… e uma coisa é certa: apesar de serem constantemente ofendidos e maltratados pelos "porta-vozes" da GESBA, é o trabalho destes agricultores que põe pão na mesa daqueles que pensam que a GESBA lhes pertence.