Foi sem espanto que na semana que passou assisti à indignação da ordem dos Médicos portugueses.
Protestavam contra mais uma singularidade do Governo de esquerda que desgoverna Portugal.
Os socialistas, a braços com a falta de médicos, entenderam desencadear um processo de recrutamento de profissionais pelo Mundo.
Assim, a melhor forma de fixar médicos no Serviço Nacional de Saúde foi publicar um anúncio de recrutamento de profissionais de saúde na América Latina.
Será um tratamento diferenciado, com médicos com e sem especialidade, promovendo doentes de primeira e de segunda.
António Costa o que quer é contratar médicos sem diferenciação, para receberem o mesmo que os médicos que têm a sua especialidade feita, oferecer-lhes casa de função e horário semanal de quatro dias.
Mas para os profissionais portugueses, nenhuma destas condições está disponível ou foi alguma vez colocada como possibilidade nos diferentes concursos de admissão de médicos.
Logo, para o governo de esquerda, os profissionais nacionais merecem condições piores do que os que, vindos de fora com menores qualificações, responderem ao anúncio feito na América Latina.
Não posso deixar de considerar que os médicos têm motivos para estarem incrédulos com esta iniciativa do Governo do PS.
Ainda por cima, depois de terem recebido como resultado de um braço de ferro que leva longos meses, uma proposta de aumento salarial de 1,6%!!
Se isto tivesse sido com um governo do PSD o que teriam dito o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista?
Teriam esbracejado contra os direitos laborais. Contra a violação do trabalho igual com salário igual e contra a discriminação dos médicos portugueses.
Mas como é um governo de esquerda, que o PCP e o Bloco até apadrinharam e ao qual deram cobertura na anterior legislatura, temos o silêncio destes partidos.
2. Mora nas ilhas?...O PS Ignora!
Estamos nas vésperas do dia 23 de agosto, dia a partir do qual termina o contrato de ligação aérea de serviço público entre a Madeira e o Porto Santo.
É uma contratação que, sabemos todos, tem de acontecer, sob pena de os residentes no Porto Santo ficarem sem ligações aéreas. Deve ser preparada com tempo, para não colocar em causa algo de tão importante como a mobilidade dos cidadãos.
Promessa atrás de promessa, João Galamba foi a demonstração do socialismo no seu melhor.
Falhou a sua promessa de que tudo estaria tratado a tempo. Quatro adiamentos depois, eis um executivo que mostra a forma como olha para os portugueses que vivem nas ilhas. Com desprezo!
Não podemos deixar de estranhar o silêncio de Sérgio Gonçalves, também sobre esta matéria.
Um socialista que diz querer governar a Madeira, mas que não tem uma palavra sobre este modo deplorável como os seus camaradas tratam a Região Autónoma da Madeira.
Um socialista que diz estar na hora de mudar. Mudar para quê? Para este servilismo a Lisboa, que é mais do que doentio?
Mudar para esta atitude de permanente passividade e constante agachar a Lisboa e a tudo o que vem do seu partido nacional? Mesmo que isso prejudique os Madeirenses e Portosantenses?
Não. A Madeira nunca vai querer mudar para esta visão retrógrada e subserviente.
Os Madeirenses têm muito orgulho no que construíram ao longo de mais de 45 anos de Autonomia, em favor da sua terra e do seu bem-estar coletivo.
E querem continuar esse caminho!