E para isso, nada melhor que factos, baseados nos números que as autoridades estatísticas, a nacional (INE) e a regional (DREM) vão publicando, de acordo com os seus calendários de difusão disponibilizados no início de cada ano.
Depois de toda a perturbação causada pela pandemia da covid-19, em quase todo o lado, particularmente em 2020 e 2021, a economia ressurgiu com toda a pujança em 2022, ultrapassando, em muitos casos, os registos de 2019.
O indicador mais importante para medir a evolução da economia é o Produto Interno Bruto, que, em 2022, rondou os 5,6 mil milhões de euros, um valor recorde para a Região. O Indicador Regional de Atividade Económica mensal assinala já mais de dois anos consecutivos de crescimento económico.
Habitualmente designado como o motor da atividade económica da Região, o turismo vive tempos gloriosos. Depois de, em 2022, se ter atingido um recorde de dormidas de 9,6 milhões de euros, o ano de 2023, revela já um crescimento de mais de 22% nos primeiros seis meses. A menos que haja uma qualquer situação mundial catastrófica, vamos com certeza superar, em 2023, a barreira dos 10 milhões de noites no alojamento turístico da Região. E a melhor notícia é que o proveito que retiramos de cada quarto dos nossos alojamentos cresceu também. Isto demonstra que estamos a vender o nosso produto turístico mais caro, o que é importante para atrairmos turismo de qualidade.
O aumento do turismo e a maior apetência dos madeirenses em viajar, particularmente depois das restrições causadas pela COVID-19, fizeram com que os nossos aeroportos, Madeira e Porto Santo, no seu conjunto, atingissem também um recorde de passageiros de 4,1 milhões.
A construção, depois de um período de menor fulgor nos tempos em que o País e a Região estavam sob um plano de ajustamento económico-financeiro, está novamente com um desempenho assinalável. Em 2022, as vendas de cimento atingiram um máximo dos últimos onze anos e na habitação registou-se um valor recorde nas vendas de moradias e apartamentos (842 milhões de euros). Face a 2021, este indicador cresceu na Região 38%, enquanto no País aumentou apenas 13%. Mesmo num contexto adverso, com as taxas de juro mais elevadas, os dados já disponíveis de 2023 mostram uma maior resiliência na Região relativamente à venda de moradias e apartamentos do que no País.
Há também mais dinheiro em circulação, a rede da SIBS (vulgo multibancos) nunca movimentou tanto dinheiro como em 2022 (2,4 mil milhões de euros, +23% que em 2021) e não sendo só fruto do aumento do Turismo e dos preços. Com efeito, 80% daquele valor foi movimentado por cartões emitidos por bancos nacionais. Os dados já disponíveis para os primeiros seis meses mostram que caminhamos, tal como no Turismo, para novo recorde.
No domínio da energia, a emissão de energia elétrica - indicador fortemente relacionado com a atividade económica - foi a mais alta desde 2012, crescendo quase 6% face a 2021, enquanto a quota de renováveis em 2021 e 2022 ficou acima dos 32%, o que nunca tinha acontecido antes. Por sua vez, a introdução no consumo dos principais combustíveis (gasolina e gasóleo) constituiu-se como a mais alta dos últimos 11 anos.
Mas até no sector primário há resultados notáveis, com a banana comercializada pela GESBA em 2022, a atingir o valor mais elevado deste século (22,8 mil toneladas) enquanto na aquicultura a produção e o valor de vendas da dourada atingiram valores recorde.
Apesar de todo este contexto positivo, houve duas situações que penalizaram as nossas famílias nos últimos meses: o crescimento dos preços e das taxas de juro. Falando há dias com uma nossa emigrante em Londres, dizia-me ela que as queixas dos londrinos são exatamente as mesmas, os bens estão mais caros e os juros não ajudam a quem está a pagar ou quer adquirir casa. Estamos perante situações em que os governos dos países que têm economias de mercado plenas e modernas, apenas podem mitigar, como fez muito bem o nosso Governo Regional, manuseando as taxas de imposto sobre os combustíveis e desenhando apoios para as famílias em situações de risco, no contexto do crédito à habitação.
Aliás, no domínio social também há dados para salientar, com a taxa de desemprego anual a atingir um mínimo desde 2011, não ultrapassando, em 2022, os 7%. Neste ano de 2023, olhando para os dados do 1.º trimestre, a taxa de desemprego continua a sua trajetória descendente rondando os 6,4%. Embora, existam como qualquer economia, desadequações entre o que as empresas querem e aquilo que a população ativa oferece e procura, o desafio da Madeira neste domínio estará essencialmente na capacidade de fixar os madeirenses cá, sem que se sintam tentados a procurar outras paragens. A somar a isso há a necessidade de atrair mão-de-obra estrangeira, algo inevitável face à deficitária condição demográfica da Região, que não é diferente da de Portugal e de muitos países desenvolvidos.
Os resultados da governação PSD na Madeira são evidentes. Contra factos não há argumentos. Por isso, dia 24 de setembro, os madeirenses têm de cumprir o seu dever cívico, votando, e indicando se querem continuar ou não o rumo que o PSD traçou para a Região desde 1976: o do desenvolvimento sustentável, da melhoria da infraestruturação do território e das condições de vida da população e da maior atratividade da Região em relação ao exterior. Como povo esclarecido que são, confio que os madeirenses vão fazer a escolha certa!