Conhecido pela sua atividade "empreendedora" de roubar os catalisadores das viaturas estacionadas na rua, o Rei dos Catalisadores voltou a ser apanhado pela Polícia de Segurança Pública no início deste agosto, num veículo furtado.
Voltou a ser presente a tribunal, no Porto, desta feita por crime de furto, estando a viatura repleta de rebarbadoras, pés de cabra e outras "lembranças".
Foi devolvido uma vez mais à liberdade.
Este jovem, na casa dos 30 anos, é - além de dinâmico - um exemplo de perseverança e de não se deixar abater pelas contrariedades, nomeadamente por esse aborrecimento que deve representar a sua ida a tribunal de cada vez que agentes da Polícia de Segurança Pública se veem obrigados a cumprir o seu papel.
Com 140 (sim, cento e quarenta!) acusações, este jovem vai ridicularizando agentes policiais a torto e a direito, ao repetidamente continuar a sua atividade de roubo e venda desses componentes de automóvel, tão valiosos no presente e durante a pandemia ainda mais vitais.
A falta dos minérios raros no mercado, tornam os catalisadores tão apetecíveis, um pouco por todo o mundo. E 140 acusações não chegaram para que algo seja feito pela justiça em Portugal.
Estranho? Cá nada. É normal!
O ilusionista das viagens
Por ocasião da campanha eleitoral de 2019, que levaria à escolha do novo parlamento da Madeira e permitiria decidir quem seria o próximo presidente do Governo Regional da Madeira, Paulo Cafôfo ensaiou uma manobra de diversão com vista à sua auto-promoção.
Para ganhar vantagem perante outros candidatos foi a Lisboa e veio de lá com o conhecido "Murro na mesa".
Fez capa de jornal, deu entrevistas e ficou o registo de que Paulo Cafôfo, pela boca do próprio tinha imposto a sua vontade ao governo de Lisboa e a Madeira teria uma ligação de ferry.
O resultado é o conhecido. Nem ligação nem explicação. Caladinho, fazendo-se morto, nunca mais falou do assunto, fingindo nada ter a ver com isso.
Uns anos depois a história repetiu-se.
Paulo Cafôfo, agora secretário de Estado do governo de António Costa, aproveitou, no mês de julho, a sua vinda ao Fórum Madeira Global, organizado pelo Governo Regional, e fez sair a notícia de que uma ligação aérea entre a Madeira e a Venezuela estava pronta.
Não só havia dedo seu nessa "maravilha" esperada, como falou do assunto abundantemente, puxando galões e louros. A primeira viagem seria dia 21 de agosto.
Chegamos às vésperas desse dia e a conversa começou a mudar. Que talvez não fosse já, que estavam a estudar.
A companhia aérea teve de fazer um aviso: o de que quem falava sobre o tema e anunciava datas e rotas era ela e não outros!
Paulo Cafôfo, instado a comentar, recusou falar.
Mais um aproveitamento ao estilo de golpe malabarista, que tenta ter louros com o trabalho de outros mas depois nada tem para dizer ou explicar.
Oportunismos de um estilo, que não espantando, é definidor de certas formas de fazer política!
Post scriptum: Quase 1% de todo o Portugal ardeu nos primeiros sete meses de 2022. Depois de terem ardido 84.000 hectares, a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, teve a declaração do ano, digna de colocar em papel de parede: "os dados, os algoritmos e as contas feitas dizem que a área ardida que temos deveria ser 30% superior".
Palavras para quê?