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Artigo de Opinião

19/11/2021 08:01

Ora, eu perfilho ideias de várias doutrinas ideológicas, tergiversando entre elas, que vão desde o centro-esquerda à direita moderada. Ao nível ideológico, não me fixo dogmaticamente em apenas um horizonte. Neste aspeto, o meu nome é mesmo "legião". E esta é a razão pela qual me sinto tão bem num partido tão plural ideologicamente, como o PSD. Aqui convivem ideologias e correntes de pensamento tão diversas como a social-democracia, o personalismo, a democracia-cristã, o liberalismo, o conservadorismo. E, ao contrário do que dizem alguns dos nossos opositores, é esta diversidade que enriquece o partido, tornando-o atrativo para tanta gente, proveniente de diversos e diferenciados horizontes ideológicos e/ou estratos sociais. A diversidade é matriz do PSD. E fundamento da sua popularidade.

Debates internos plurais; ausência de unanimismos; atitude progressista e reformista; interclassismo; assente nas bases e no cidadão comum. Estas são algumas das características que fazem deste o partido mais português de Portugal. Somos um partido que quer reformar para progredir; produzir riqueza para que haja o que distribuir; educar para evoluir. Um partido de solidariedade, mas de trabalho; de igualdade sem igualitarismo; que se opõe tanto a individualismos como a coletivismos. Defendemos a coesão sem prescindir das diferenças; queremos continuidade territorial, mas garantindo a subsidiariedade; somos patriotas, mas recusamos nacionalismos; cosmopolita, mas não centralista; popular sem ser populista.

O PSD tem, de facto, todo este grande património ideológico e é herdeiro de uma tradição pluralista, que o enriquece.

Num momento tão importante como este, em que se decide o líder do PSD e do país e o projeto nacional para os próximos anos, é importante que se perceba qual dos dois candidatos é aquele que incorpora melhor este espírito plural e diverso do partido. Bem como qual dos dois candidatos está em melhor posição para mostrar aos portugueses porque é que podem e devem confiar no PSD para conduzir os destinos da nação nos próximos 4 anos. Quem é que está em melhor condição para derrotar o socialismo, que continua a empobrecer-nos. Quem, de facto, pode implementar as reformas que o país urgentemente precisa. Quem se comprometeu com as justas reivindicações da Região Autónoma da Madeira e tem vontade de terminar com as iniquidades e injustiças da República Portuguesa para com esta sua filha atlântica.

Há 4 anos, tal como há 2, apoiei Rui Rio. E fi-lo porque não vi, entre os demais candidatos, quem pudesse assumir um "caderno de encargos" tão exigente quanto este que eu "apresento" a qualquer putativo líder do meu Partido. Todavia, em 4 anos, Rio não apenas se revelou incapaz de derrotar o governo socialista de António Costa como ainda o salvou, por diversas vezes. E nunca se comprometeu com as causas da Madeira e dos Madeirenses.

Ora, nestas eleições, Paulo Rangel assumiu-se como o candidato da união, agregando, em seu redor, as diversas correntes ideológicas e de pensamento. Não separou, não dividiu, não segregou. Fez pontes, assumiu compromissos, promoveu encontros. E por isso, mostrou estar mais preparado para liderar, o PSD e o país, do que o companheiro Rui Rio.

A vida é assim, feita de ciclos: o de Rio terminou e inicia-se, a 27 de novembro, o de Rangel.

Para a Madeira, esta é uma excelente notícia. Paulo Rangel conhece bem os dossiês pendentes entre a Região e a República e mostra-se disponível para os resolver. E não se ficou pelas promessas: tomou iniciativas concretas, como o facto de ter nomeado, para coordenador nacional jovem, Bruno Melim, mostrando, assim, o reconhecimento que tem para com o PSD-M e os seus quadros. Rangel não prometeu o que não pode, mas compromete-se com as nossas causas e reivindicações e é a garantia de que, com ele, não ficarão fechadas numa gaveta qualquer. Por isso, Rangel à frente do PSD e do país, é bom para Portugal, mas é ainda melhor para a Região Autónoma da Madeira. E essa é a razão pela qual tem o meu apoio e o meu voto!

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