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Artigo de Opinião

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8/11/2023 08:00

Atualmente, debatemo-nos com a quantidade influencers, youtubers e etc… O que são e o que deixam de ser? Existe alguns que, reconheço, têm imenso valor, que transmitem alguma ideia ou alguma coisa que terá interesse para os jovens e a população em geral, por exemplo, dou o caso da Inês Guimarães, do Nuno Aleluia, do Lucas Rodrigues e outros tantos…

Mas será que os influencers poderão acrescentar algo mais? Recordo-me do Felipe Neto, que é um dos maiores youtubers do Mundo e o maior youtuber a falar português, o quanto influenciou na campanha eleitoral do Brasil contra o Bolsonaro. Trouxe algo de novo, existe um podcast, onde diversos políticos, cientistas e outras pessoas de renomes procuram ir, pois sentem que chega a um público que eles dificilmente chegariam.

Outro exemplo é o "Jimmy" Donaldson, conhecido por MrBeast, que é só o maior youtuber do Mundo e que, recentemente, contribuiu para a criação de 100 poços de água em África. Uma grande causa, mas este americano não é a primeira vez que ajuda em causas humanitárias, já que também já ajudou americanos a comprar dispositivos médicos, tais como próteses auditivas, óculos e até pagar cirurgias nos Estados Unidos da América, que, na sua maioria, possui preços são proibitivos.

Agora será que estes influencers poderiam mudar o curso de uma guerra? Será que podiam mudar o Mundo? Se acedessem aos poderosos deste munto, quem sabe?

Estes rapazes e raparigas têm cada vez mais poder: Num estudo de há alguns anos diz-se que o Vietname ganhou a guerra aos americanos, também devido à influência e às manifestações que se realizaram nos EUA, já que colocou uma enorme pressão sobre o governo norte americano.

Logo, mudam-se os tempos, mudam-se os modos de luta. Acredito que os influencers poderão ter maior importância do que criar alguns idioters, como alguns definem os seguidores de muitos influencers, que procuram unicamente protagonismo, sem qualquer causa, ou melhor, a única causa é a estupidez e serem ricos ou algo parecido. E, neste caso, serão não influencers, mas "stupidfluencers".

Desta forma, os influencers podem ter a capacidade, se atuarem de forma correta, sensibilizar e conseguir engajamento do público.

Ainda esta semana, lemos que uma ativista palestiniana, Ahed Tamimi, que, nas redes sociais, alegadamente pediu a morte de judeus na Cisjordânia, ela foi presa. Esta jovem, em 2018, foi símbolo da resistência palestiniana ao defender o irmão mais novo de um soldado israelita. Acredito que existam modos de luta que podem ser explorados e serem profícuos na conquista de diversas causas.

Esta força positiva dos influencers, quando utilizada de forma genuína e responsável, poderá promover o progresso social e a mudança que tanto se procura.

O meu filho vê youtubers, sejam eles americanos, russos, brasileiros e nenhum português, mas a verdade é que aprende imensas coisas, sabe coisas que eu não saberia, nem teria curiosidade em perguntar a quem quer que seja, seja de astronomia, seja futebol, seja da guerra na Ucrânia, seja de ajuda humanitária.

Os influencers são uma extensão do poder mediático, logo terão capacidade para influenciar positivamente a promover causas, sem danificar a arte, sem prejudicar a vida de ninguém, mas demonstrar a importância, utilizando a sua influência com ética, autenticidade e responsabilidade.

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