Só que, em Política, sou implacavelmente racional e frio (mesmo que pareça o contrário), pois vivo-A sem fidelidades caninas (que horror!...), sem clubismo burro e, sobretudo, sem dogmas que esclerosam.
A questão de fundo, a Autonomia.
Ora, penso que qualquer Madeirense que tenha orgulho na Sua Identidade, bem como na História que A fez e nas lutas políticas dos últimos quase cinquenta anos, não pode votar na alternativa que se apresenta, o Partido Socialista. Quando esta Organização, ao longo desses mesmos cinquenta anos se comportou como o "partido de Lisboa", transformando assim imoralmente o nosso Direito à emancipação política, num mero instrumento repressivo da medíocre luta partidária deles contra nós.
E a situação a que hoje chegou o Partido Socialista, só revela uma falta de inteligência que ninguém quer nos seus governantes.
É que parece só os socialistas não perceberem - e, que diabo, ao fim de quase meio século de asneirarem - que para derrotar os sociais-democratas teriam de ser ainda mais autonomistas do que estes e, em vez de monótonas repetições desgraçadinhas, avançarem, com o debate das GRANDES QUESTÕES essenciais ao futuro do Povo Madeirense, assumindo compromissos sérios.
Mas, não! São cinquenta anos de subserviência ao indigenato político de Lisboa!
E como desejo que o Povo Madeirense viva progressivamente melhor, bem como conquiste uma verdadeira Autonomia Política, voto na Coligação PSD/CDS, até porque apesar da maioria coitadinha do Rectângulo não dar por isso, eu não quero a governar a Madeira gente que já levou o Estado português à falência, por três vezes!
Gente que maioritários, na Assembleia da República, chumbaram o apoio ao estudante insular, comunistóidemente instalaram o arrendamento compulsivo em vez de o sector público corrigir o mercado com investimento em habitação, preferindo culpabilizar o empreendedorismo do alojamento local!...
Gente que legaliza a posse pessoal de quantidades enormes de droga e não abate a produção de drogas sintéticas.
Gente com maioria ideológica no Tribunal Constitucional, a qual castra o Direito Natural do Povo Madeirense à Autonomia Política, aos nossos mares e à nossa Segurança Interna.
Depois, quer a extrema-direita "chega", quer a extrema-esquerda PCP, bloco, "comunas de Gaula" e outros, por lógica e coerência ideológica assumem um posicionamento radical e totalitário contra a própria existência da Autonomia Política madeirense que custou quase seis séculos a conquistar.
Para já não deixamos de agradecer o que de humor trazem outras pequenas formações partidárias ao processo eleitoral, a começar pelos "liberais" que já foram tudo na vida, não conhecem as consequências do liberalismo, e para a próxima já os veremos noutro grupo qualquer, aposto.
Mas já Sá Carneiro dizia que Política sem humor não tinha grandeza intelectual.
Reconheço à Coligação, como tal, diferenças dos meus Governos (esta é à La Palisse...), mas foi uma legislatura positiva em todas as questões de fundo, não podendo deixar de lembrar o excelente trabalho nos anos terríveis da COVID - estratégia e operacionalidade que salvaram Vidas, Emprego e Empresas - bem como vem sendo enfrentada com inequívoco Crescimento Económico, a actual conjuntura europeia de guerra e de inflação.
Obviamente que nalguns pormenores, e também sua execução, porventura far-se-ia de outra maneira nos meus Governos.
Mas não se pode, nem deve, fazer comparações.
Precisamente porque OS TEMPOS SÃO DIFERENTES.
E um aspecto curioso e paradoxal.
Depois de um PSD desastrado entre 2015-2017, mas recomposto após Remodelação e a entrada de Pedro Calado no Governo, já em 2019 os sociais-democratas tinham a sua vida a se reencontrar. Mas é com a Coligação e progressos no Poder Autárquico que o PSD chega ao fim desta Legislatura, de novo consolidado.
O que significa que se encerra agora o período de adaptação que sucede sempre após anteriores lideranças longas e assertivas.
O actual Líder está mais do que afirmado.
Todas as pessoas são legitimamente diferentes entre si.
Acabe-se com as comparações impossíveis porque os tempos são absolutamente outros.
Pressinto que, consolidado de novo o PSD/Madeira, vamos entrar numa Legislatura onde o grau de exigência interno será muito maior. Sobretudo quanto ao avançar da Autonomia Política. Quanto ao distanciamento do PSD nacional. E quanto ao sustentar com dinheiros públicos quem pode, mas não quer trabalhar, e "associações" que se formam para comer "subsídios" sem se lhes ver o devido retorno social ou cultural. Mais, moderar alguns excessos narcísicos de notórias propagandas pessoais.
Por experiência própria, preocupa-me o optimismo das sondagens: Quantas vezes atribuíram números enormes que depois não era assim. Tratava-se de uma estratégia adversária para as pessoas não sentirem necessidade de ir votar.
Meus Amigos: o que está em jogo, é o percurso destes últimos cinquenta anos em que a maioria do Povo Madeirense rompeu com o passado, fez uma Revolução Tranquila e, apesar de transtornos naturais, ou humanos, vivemos muito melhor e de cara definitivamente levantada.