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Artigo de Opinião

Directora Business Development

26/11/2023 08:00

O número de emigrantes portugueses pelo mundo é assustador. Somos o país da União Europa que atualmente mais residentes perde para a emigração, comparativamente à sua população global. O número de portugueses que todos os anos saem de Portugal em busca de um destino melhor é revoltante e cada membro do Governo Português deveria envergonhar-se dessa realidade, pois representa de forma clara e inequívoca, o falhanço das suas sucessivas governações.

Fazemos parte da União Europeia desde 1986, já lá vão 37 anos - anos de sucessivas enchentes de ajudas comunitárias, que nos colocam aos olhos de outros estados-membros, como um dos países que mais suga o dinheiro europeu e menos contribui. Somos os pobres da Europa.

Somos geridos em Portugal há anos por políticos formados na arte do bem falar, normalmente e na sua maioria advogados, com muito pouca experiência governativa, que entre palavras ocas e argumentos absurdos, vão iludindo os portugueses de que, por exemplo, o programa das "Contas Certas" é importante e deve ser levado à risca - importante para quem, senhor ministro? Que contas são essas que não leva em linha de conta a melhoria das condições de vida dos portugueses residentes em Portugal? Que contas são essas que leva todos os anos, milhares de portugueses, com formação superior feita em Portugal e paga por todos os pagadores de impostos em Portugal, a saírem do país? Que contas certas são essas que nunca dão certo e que ninguém entende?

Em Novembro de 2015, a esquerda em Portugal tomou de assalto o país, sob a forma de uma geringonça, liderada pelo Partido Socialista, que em bom som repetiu inúmeras vezes, que a situação difícil que vivíamos em Portugal era tudo culpa do Dr. Pedro Passos Coelho. Os anos foram passando, o PS vê-se livre dos seus camaradas de coligação e os portugueses chegam a dar a maioria absoluta ao PS.

Passados tantos anos de governação à esquerda, o país não está melhor. Vamos empurrando com a barriga graves problemas estruturais, que obrigam projectos a longo prazo, como seja o caso da habitação, a crise na saúde pública que se agrava, as sucessivas crises com os professores, os médicos, a crise dos transportes públicos e tantos outros sectores chave que determinam a fraca qualidade de vida que Portugal tem para oferecer.

A máquina económica em Portugal está demasiado refém do Estado, que tudo gere e controla sofregamente, com uma carga burocrática e tributária absurda, que leva o país a um nível de inoperatividade sem comparação. No fim resulta em nada - não consegue gerar riqueza para os portugueses e aumenta os níveis de emigração. Mas socialismo é isto, um fogo de vista que nunca se concretiza, o culpado é sempre o outro, os corpos magros e sem dentes que vão enchendo o nosso país - socialismo é isto.

No enleio da burocracia que o próprio Estado criou, surgem os chicos-espertos, os garotos, os arruaceiros, que enchem a cara de luvas e subornos à custa dos portugueses. Têm sempre um ar muito confiante, arrogante e com uma retórica como que dirigida a idiotas - aprenderam bem a lição com o camarada Sócrates. Prometem destruir a direita em Portugal, na próxima luta pelo poder, não bastasse já terem destruído o país.

A emigração portuguesa olha para Portugal num misto de pena e revolta, pois sabemos que existem partidos sérios, capazes, com melhores práticas para governar o país e oferecer melhor qualidade de vida aos portugueses, mas continuamos subjugados, sem voz, nem direito ao voto na hora das eleições legislativas.

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