Efetivamente, temos famílias que há um ano pagavam uma prestação mensal no valor de 459,73€ e no presente momento estão a pagar 763,06€, ou seja, mais 303,33€ do que no ano anterior.
Ninguém é perfeito e todos temos as nossas fragilidades…, aliás quantas e quantas vezes "reparamos no argueiro que está na vista do nosso irmão e não vemos a trave que está na nossa vista"?
Estes "novos tempos" exigem, mais do que nunca, uma cultura de humildade que nos fazem alcançar que não é a "minha versão", "a minha verdade", "a minha opinião" que deve prevalecer.
Nada fazemos sozinhos e nunca se poderá considerar que quem não está comigo está contra mim. Infelizmente, tem sido esta a mentalidade que tem dominado quase todos os setores da sociedade civil, da política, em que facilmente se opina sobre tudo, sem que se esteja munido do conhecimento de todas as circunstâncias do caso em apreço, e assim se critica, denegrindo e não construindo.
Contruir, reconstruir e fazer caminho com todos, independentemente das suas filiações ou credos, é bem mais difícil, bem o sei (!), mas será esta a via para encontrar e fazer acontecer o bem comum que caminha de braços dados com o desenvolvimento de uma sociedade que se deseja responsável e fundada nos pilares da Educação, da Justiça e da Saúde.
Nunca se olvide que "o mal nunca é extraordinário e é sempre humano. Deita-se a nosso lado e senta-se à nossa mesa", tal como nos refere Wystan Hugh Auden. E quantas vezes somos os autores deste "mal", que se caracteriza por um profundo egoísmo e total ausência de misericórdia, que motiva tantas crises políticas e o afastamento de pessoas idóneas dos lugares de decisão que não estão dispostas a conviver com uma visão da política, do mundo, que sendo egoísta, e que busca o interesse de alguns, não é a sua!
Recordemos aquela história em que se pergunta: "Como explicarias a felicidade a um miúdo? E se ouve como resposta: Eu jamais a explicaria. Passava-lhe, antes, uma bola para os pés".
É esta bola nos pés, esta alegria, com responsabilidade, que se exige aos nossos políticos, a todos os intervenientes na sociedade, para que se alcancem profundas reformas, que não são compatíveis com interesses exclusivos, nem como os "Velhos do Restelo". Sem esta bola e jogadores para fazer acontecer o jogo do desenvolvimento de um país, de uma sociedade, que conhece derrotas e vitórias, não avançaremos…, é vendo a dedicação e o empenho dos jogadores que os adeptos, não obstante as dificuldades, continuam a acreditar na sua equipa!
Continuemos a acreditar numa esperança luminosa, ainda que se carreguem os sinais da cruz!