Diz a tradição que na noite de passagem de ano, não pode faltar o champanhe e as passas. O champanhe para comemorar a entrada de um novo ano do qual sonhamos ser sempre melhor que o anterior. E as passas para pedir os nossos desejos.
Para além de amor, felicidade e alegria, todos desejam, sobretudo, saúde. Saúde, saúde e muita saúde!
Nestes últimos dois anos, houve, certamente, um pedido universal e transversal à nossa saúde: que acabasse a pandemia!
Será que este é o ano que irá terminar com a pandemia, como dizia no outro dia nos tabloides dos media? Sempre ouvi dizer que depois da tempestade, vem a bonança!
Mas nestes últimos dias, senti o cerco a apertar. Os casos de infeção a aumentar de dia para dia para números assustadores nunca vistos antes em Portugal… e uma correria para farmácias e centros de vacinação, fazer testes e mais testes de deteção à COVID-19. Autotestes, testes rápidos de antigénio (TRAg) ou testes PCR, qualquer um serve.
Atualmente, para qualquer coisa, é fulcral a apresentação de um certificado de vacinação ou de um teste negativo. Mas, sinceramente, não sentem que a realização destes testes - seja por que motivo for - dá-nos uma falsa sensação de confiança e de segurança? Não sentem que sempre que um destes testes dá negativo, finta, ao mesmo tempo, o nosso destino? Ou até, que o teste está errado e que só pode estar positivo? Ou ainda, que o negativo de hoje pode dar positivo amanhã? Isto é o que acontece diariamente…
Olhando à volta, parece que a realização de testes diários já faz parte da nossa vida e da nossa rotina diária. Há quem faça testes como quem muda de cuecas ou até, quiçá, com mais frequência. Porquê que isso acontece? Para ir jantar fora, ir ao cinema ou ao teatro ou, simplesmente, beber uma caipirinha num barzinho aqui ao lado. Coisas típicas e simples que fazíamos no dia a dia há uns anos atrás. Mas agora, só com teste negativo ou com um certificado de vacinação.
Será que isto do vírus é como alguns cientistas afirmam? Que, nos tempos que correm, apanhar o COVID é uma inevitabilidade, por mais cuidados e medidas de segurança que tenhamos? Que é uma questão de tempo, de horas ou até de dias, até o bicho nos apanhar? Não sentem que não sabemos de TODO nada de nada sobre este vírus? Que já não sabemos - como se alguma vez soubemos - onde é que anda este bicharoco porque, de um momento para o outro, parece que anda em todo o lado?
De repente, a maioria dos nossos conhecidos, amigos e familiares estão infetados! Se não estão infetados, estão em isolamento por um contacto com alguém infetado.
Sinceramente, a única coisa que posso dizer que sei de certeza é que este vírus é uma verdadeira merda. Um dos meus desejos mantém-se o mesmo que no ano passado: que haja SAÚDE para 2022!!!