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Artigo de Opinião

Na semana passada foram divulgados os dados de 2023 da sinistralidade rodoviária na Região. São números muito inquietantes – os mais elevados dos últimos 15 anos, acima da média nacional e europeia –, em especial no que se refere ao número de mortes a lamentar – 13 – e de feridos graves, neste último caso resultando num aumento, muito preocupante, de 36% em comparação com 2022, cerca de um terço envolvendo um interveniente sob o efeito do álcool.

Estando em causa vidas humanas, de valor incomensurável, estes dados, que escondem dramas pessoais e familiares irreparáveis, devem fazer-nos refletir e exigem mais de todos, desde logo enquanto cidadãos e condutores, já que a segurança rodoviária é uma responsabilidade de todos nós, que tem início com o nosso próprio comportamento.

A segurança rodoviária é também, e como não podia deixar de ser, uma preocupação europeia, tendo sido aprovado o Quadro Estratégico da UE em matéria de Segurança Rodoviária para 2021‑2030, a denominada «Visão Zero», que tem como objetivo estratégico de longo prazo nos aproximarmos de zero vítimas mortais e de zero feridos graves nas estradas europeias até 2050, e em reduzir o número de mortes e feridos graves em 50% até 2030.

Na Região não iremos ficar para trás, razão pela qual será dada prioridade à aprovação de um Plano Regional de Segurança Rodoviária, em linha com estes objetivos e metas europeias, na certeza, porém, de que o mais importante será sempre o nosso próprio comportamento na estrada.

Os nossos deputados na República

Terminado o ato eleitoral de 10 de março, estão escolhidos os seis eleitos que mereceram a confiança do povo madeirense para defender as nossas causas e lutar pelo aprofundamento da nossa Autonomia na Assembleia da República. Embora se tende a desvalorizar, esta confiança acarreta uma enorme responsabilidade para os eleitos, ainda para mais quando, uma vez mais, e infelizmente, se constata que a Região continua sem ter uma representação no Conselho de Ministros – para quando um Ministro da Região? –, o que implica, necessariamente, um reforço da importância da ação dos nossos deputados em São Bento.

Neste contexto, espera-se coerência com aqueles que foram os compromissos assumidos durante a campanha eleitoral, mas também a necessária coragem política para não ceder às pressões dos órgãos nacionais, pondo sempre em primeiro lugar os interesses daqueles que lhes confiaram o mandato.

Olhando para trás, é fácil constatar que os deputados do PSD Madeira – e do CDS, diga-se em abono da verdade – foram sempre fiéis a estes princípios, inclusive durante os Governos do PSD, levando mesmo ao levantamento de processos internos – autênticas “medalhas de honra” em prol da defesa da Madeira –, o que nos garante que pelo menos 50% dos nossos eleitos não esquecerão os madeirenses na hora da verdade.

Dos outros espera-se que tenham sempre presente quem os elegeu e que foram eleitos para defender o melhor para os madeirenses.

A todos, sem exceção, espera-se que, pondo de parte as diferenças políticas que os separam, sempre que necessário ou se justifique, juntem esforços para defender as propostas que mais interessam à Região, para que no final da legislatura consigamos estar melhor do que estamos hoje. Tenho a certeza de que esta seria a melhor forma dos deputados eleitos pela Madeira devolverem a confiança que o povo da Madeira neles depositou, mas também o maior reconhecimento de que fizeram o seu melhor em prol da sua terra. ervidi, Cataberum.

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