MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Médico-Dentista

8/09/2024 04:00

Por estes dias, foi noticiada a presença do Secretário da Saúde, novamente, na ilha dourada. Até aí, tudo bem. Nenhum mal vinha ao mundo. Julguei que fosse apenas algum problema com a fechadura da casa do Porto Santo. Sim, uma vez que há dias teve que lá ir fechá-la, das duas uma... Ou se tinha esquecido se tinha, de facto, trancado (e atire a primeira pedra quem nunca voltou atrás para se certificar se bateu mesmo a porta), ou tinha voltado para a abrir e deixar, porventura, a arejar!

Só que não. Afinal o Dr Pedro estava lá sim, mas no centro de saúde. Falava-se numa indisposição! Tratei de saber se era algo preocupante ou decorrente de apenas algum excesso. Tranquilizaram-me, dizendo que estava “tudo controlado”. Mais confortável, continuei a minha vida. Afinal de contas, sem Presidente do Governo nós já nos habituámos a viver... Mas com o Secretário da Saúde sem saúde?! Não. Nem pensar.

Porém, mais tarde, vi um novo título noticioso em que se dizia que o governante se encontrava a aguardar a chegada de uma aeronave, proveniente do Montijo, para ser transferido para a Madeira! E foi aí que temi o pior... É que não sei vocês, mas de há uns tempos a esta parte, sempre que oiço falar em aviões da força aérea que transportam governantes, até me arrepio. Sobe-me um arrepio pela espinha. Começo a suar das mãos. Treme-me o queixo. Fico fora de mim.

Voltei então a encetar contactos (foi um e para o meu pai) que me voltaram a aquietar. Garantiu-me que o Dr Pedro estava estável e não iria ter que passar pelas urgências, ser sujeito a triagem e arriscar-se a levar com uma pulseira verde ou ficar “jogado” nalgum corredor. Fiquei a torcer para que fosse verdade e tudo se compusesse rapidamente. Aliás, foram esses os votos, sinceros e genuínos, que fiz questão de enviar antes de tentar descansar...

Já na manhã seguinte, cedinho, tinha um sinal positivo. Em resposta, o punho fechado com o polegar levantado deixou-me feliz. Aquilo que todos andamos a fazer desde que nascemos, que nada mais é do que fintar a morte, tinha sido alcançado com sucesso. Tudo não tinha passado de um susto e, no final de tudo, era Pedro Ramos 143 - Indisposição 0.

Todavia, continuaram a correr rumores. Uns juravam que tinham ouvido que estava pior. Outros que ia ser operado. Outros ainda que estava ventilado. Eu sei lá... Até que abordaram o nosso presidente, em plena Festa das Vindimas e este disse o seguinte: “O secretário está bem, ainda vai fazer alguns exames e, se tudo correr bem, volta a casa hoje”. Nisto, caiu-me tudo. Respirei fundo... Apanhei-os, aconcheguei-os e pensei para mim: a atender ao número de vezes que este senhor diz uma coisa e depois acontece outra, mais vale começar a rezar. Acendi uma vela e pedi que, pelo menos dessa vez, aquilo que lhe saía da boca batesse certo. À hora que escrevo, a vela vai a meio e o Dr Pedro ainda não voltou a casa... Mas calma. A esperança é a última a morrer!

Ps, por sorte, desta feita os meios aéreos foram activados rapidamente.

Pedro Nunes escreve ao domingo, todas as semanas.

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Que importância atribui à eleição pela 10.ª vez consecutiva da Madeira como melhor destino insular do Mundo, nos “óscares do turismo”?

Enviar Resultados

Mais Lidas

Últimas