A data é sugestiva a amor, harmonia, união, mensagens de carinho, esperança e de compromisso para um futuro conjunto e melhor – é assim o Dia dos Namorados e é assim que deverá ser.
Mas existe um paralelo com o ambiente político que vivemos e esse paralelo deverá ser tido em linha de conta, essencialmente no que toca à esperança e compromisso para um futuro melhor para todos, portugueses residentes e não residentes em Portugal - para um futuro melhor para Portugal.
O período de pré-campanha eleitoral para as eleições legislativas que se avizinham a 10 de Março, está em força. Dentro e fora do território português colam-se cartazes de campanha, cumprimentam-se multidões, ouvem-se lamentos de um Portugal fraco, empobrecido, desorganizado e triste.
Em Londres, onde vivo, oiço histórias de uma emigração que foi empurrada para fora do seu país para poder pagar contas, onde a alternativa era nenhuma – alguns novos e prontos a embarcarem numa viagem cultural cheia de desafios, que todos os emigrantes se confrontam quando chegam aos seus países de acolhimento e outros, já não tão novos, sem saberem falar uma língua estrangeira, mas com receio do futuro e com a experiência e maturidade de momentos sofridos em Portugal, agarram-se a um balde e uma esfregona, onde há sempre lugar para mais um e passam o seu dia de trabalho em silêncio, acompanhados pelas memórias em português, dos que mais amam e que ficaram em Portugal. Esboçam um sorriso farto cada vez que ouvem falar português e estão sempre prontos a partilharem uma história passada na terra, que explicam ao detalhe, como em busca de encontrarem uma ligação a um lugar melhor. Nestes breves momentos de partilha e felicidade, as suas cabeças estão em Portugal, com um dia de sol, e por breves momentos, esquecem o trabalho que lhes espera.
Em Portugal, os partidos se confrontam em escassos debates políticos, que não permitem passar para além do insulto mútuo e dos atropelamentos constantes de cada um dos intervenientes. Onde fica o debate político sério, a discussão de ideias e de programas de governo a que se propõem? Não será verdadeiramente esse o intuito de um debate político em tempo de campanha?
A ética e integridade na política está a atravessar o seu momento mais baixo em Portugal. Os partidos de esquerda, nomeadamente o Bloco de Esquerda, na ânsia cega de poder e dados os maus resultados que os esperam, jorram embustes e falsas verdades constantes, disfarçados de grandes guardiões dos pobres e dos miseráveis, quando na verdade foram eles que, em conjunto com o partido socialista e os comunistas, empurraram os portugueses para a miséria, sugando com impostos os magros rendimentos dos portugueses, em táticas cavernosas de reversão de processos de privatização, como é o caso da TAP e outros, que custam milhões aos pobres portugueses e que estes senhores da esquerda insistem em manter, em nome de uma política de continuidade, bloqueando a iniciativa privada e o crescimento do país, em prol do poder do Estado.
A esquerda brinca com o dinheiro dos portugueses, a cada imposto, taxa e taxinha que cobram e depois chamam de dinheiro público, mas não existe dinheiro público – existe sim dinheiro pago por cada um dos contribuintes e isso é dinheiro dos portugueses, que deve ser cuidadosamente gerido, para bem dos portugueses e para bem de Portugal.
Sou candidata a deputada da Assembleia da República em Lisboa, pelo círculo eleitoral da Europa, pela Aliança Democrática (PSD), um círculo que bem conheço e faço parte há mais de 15 anos. A emigração portuguesa irá ter a oportunidade de votar via postal, e os boletins de voto já começaram a chegar. Tenham em atenção as instruções de envio e como devem enviar a cópia do cartão do cidadão, frente e verso. Peço que votem, votem para a mudança de Portugal para melhor, votem porque essa é a vossa voz, mesmo que distantes. Já não dá mais para continuar assim, mas pudemos mudar para um Portugal melhor. Não se esqueçam de votar.