Decorreu, esta manhã, a cerimónia de assinatura de protocolo de cooperação que firma a criação de um polo de investigação do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) na Universidade da Madeira (UMa) e na Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação (ARDITI).
O compromisso foi celebrado no Colégio dos Jesuítas esta manhã, tendo contado com a presença de Elsa Fernandes, vice-reitora da UMa, Rui Caldeira, presidente do Conselho de Administração da ARDITI, e José Manuel Mendonça, pelo presidente do Conselho de Administração do INESC TEC.
Em nome do polo universitário madeirense, a número dois da reitoria enalteceu a “imensa felicidade” que representa este novo passo, que é fruto de um trabalho que se estendeu ao longo de dois anos e que hoje se concretizou.
“[Este protocolo] vai trazer mais valias para a Universidade da Madeira, a ARDITI e acredito que também para o INESC TEC. Vai potenciar a investigação na área das Engenharias e no mar profundo, e aqui está algo muito importante que podemos oferecer ao INESC TEC”, constatou, aditando ainda a intenção de criar um programa doutoral neste campo.
No entanto, não esqueceu que esta cooperação já possibilitou no passado outras conquistas, já que com o apoio deste instituto foi possível contratar um docente de Engenharia Eletrónica para a UMa. “Com certeza, haverá muito mais colaboração e mais valias para todas as partes envolvidas”, preconizou.
Já Rui Silva relembrou o papel do INESC TEC, enquanto “farol” pelo dinamismo que impôs a nível nacional nesta área. “Temos seguido o vosso modelo para nos reformular”, admitiu, ressaltando ainda a importância deste tipo de parcerias com as universidades insulares, para superar a ultraperiferia, que traz problemas nomeadamente do ponto de vista financeiro e do reconhecimento internacional.
“A Universidade da Madeira não se deixou vencer por essa ultraperiferia”, vincou, denotando que, diferentemente, alguns polos académicos da região da Macaronésia fecharam-se e começaram a “trabalhar para dentro”.
Contudo, aos olhos do responsável, a Madeira não participa desse isolamento e o seu desejo de internacionalização poderá ser concretizado com esta parceria com o INESC TEC, que apresenta “um ADN internacional” comprovado.
Por fim, com esta cooperação, José Manuel Mendonça prometeu trazer à Madeira “a experiência de um modelo de investigação com quase quatro décadas, em que a universidade se liga à sociedade e às empresas, de forma que a ciência tenha impacto económico e relevância social”.
Para tal, destacou a necessidade de aumentar a massa crítica, a fim de que mais pessoas colaborem na prossecução deste desafio. “Não vimos [para a Madeira] à espera de ganhos financeiros, poder, nem sequer de prestígio. A nossa missão é oferecer este modelo e partilhar os trabalhos, os riscos e os desafios”, rematou, recordando que o mote do INESC TEC é “vencer o conformismo” e o “adamastor” que se coloca à investigação.