O diretor regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Marco Caldeira, esteve hoje na Santa do Porto Moniz onde visitou um agricultor que produz, entre outros hortícolas, cerca de duas toneladas de batata-doce da Madeira.
O produtor, António Câmara, considera o cultivo deste produto como sendo uma aposta segura tendo em conta a qualidade que evidencia perante os consumidores. Além da grande procura que tem irá beneficiar do reconhecimento do estatuto de Denominação de Origem Protegida que estará concluído em breve.
Recorde-se que as variedades tradicionais de batata-doce da Madeira, cultivadas pelos agricultores madeirenses e porto-santenses, de acordo com as práticas ancestrais, são a ‘brasileira’, a ‘5 bicos’, a ‘cenoura regional’, a ‘inglesa’, a ‘Cabeiras’, a ‘Amarelinha’ e a ‘Cabreira branca do Porto Santo’ e distinguem-se sobretudo pelas características morfológicas de cada variedade regional, bem como pela suculência da polpa e pelo elevado teor de hidratos de carbono, proteína e cinzas.
Assim, com o propósito de preservar, proteger e valorizar comercialmente as variedades tradicionais regionais foi apresentado à Comissão Europeia, em agosto de 2021, o pedido de registo da denominação «Batata-doce da Madeira» como Denominação de Origem Protegida (DOP), ao abrigo dos regimes de qualidade dos produtos agrícolas e géneros alimentícios da União Europeia (EU). A Direção Regional estuda alargar esta denominação a outros produtos regionais com o objetivo de dar mais reconhecimento à agricultura regional.