A Polícia Judiciária (PJ), através da sua Unidade Nacional de Combate à Corrupção, levou a cabo, na madrugada de hoje, uma vasta operação policial nas regiões de Lisboa, Alcoentre, Sintra e Funchal, cumprindo 32 mandados de busca e apreensão. Esta operação tem como alvo um alegado esquema criminoso que envolve, entre outros, guardas prisionais suspeitos de facilitar a entrada de substâncias ilícitas nos estabelecimentos prisionais, em troca de vantagens patrimoniais, conforme descreve a PJ em comunicado à imprensa.
As autoridades realizaram 14 buscas domiciliárias e 18 não domiciliárias, no âmbito de uma investigação em curso sobre a prática de crimes como corrupção ativa e passiva, tráfico de estupefacientes, tráfico de substâncias e métodos proibidos, falsificação de documentos e branqueamento de capitais.
A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais tem colaborado ativamente com a investigação, prestando apoio através da Direção dos Serviços de Segurança e do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP), permitindo o avanço das diligências.
Até ao momento, foram detidos 13 suspeitos, dois dos quais são guardas prisionais. A operação foi supervisionada por uma juíza de instrução e acompanhada por uma magistrada do Ministério Público, com o apoio de cerca de 200 inspetores e peritos da Polícia Judiciária.
Os detidos serão apresentados a primeiro interrogatório judicial, onde será avaliada a aplicação das medidas de coação adequadas.
A investigação continua em curso e as autoridades não descartam novas detenções à medida que novos elementos forem apurados.