O cabeça de lista da Coligação Democrática Unitária (CDU – PCP/PEV) às eleições de domingo na Madeira considerou hoje que esta força política “ainda está a construir o caminho” para garantir uma voz de combate às desigualdades no parlamento regional.
“Estamos ainda a construir o nosso resultado, falta muito ainda para a mobilização de votos para a CDU”, disse Edgar Silva, no Funchal, no penúltimo dia da campanha para as eleições legislativas regionais antecipadas.
O candidato, que é também o coordenador regional do Partido Comunista Português (PCP), reforçou que a candidatura ainda está “a tempo de garantir que a voz da justiça social, a voz do combate às desigualdades estará no parlamento e estará reforçada”.
Embora as eleições se realizem daqui a três dias, Edgar Silva considera que “ainda falta muito” e ainda há tempo para “garantir que, na Assembleia [Legislativa da Madeira], a CDU garanta a representação da voz daqueles que têm fome e sede de justiça nesta terra”.
Para este ex-padre que tem sido eleito para o parlamento madeirense, a CDU é “uma voz que é indispensável, que faz falta para dar expressão política a todas as demandas, todas as justas reivindicações dos trabalhadores do povo desta terra”.
“Ainda estamos a tempo de criar todas as condições para que o parlamento da Madeira tenha garantidamente uma representação do compromisso, da vinculação aos objetivos da justiça social e do combate às grandes desigualdades nesta terra”, sustentou.
Edgar Silva insistiu que o voto na CDU será aquele que “não trai (...) não atraiçoa”, salientando que esta força política “tem provas dadas de ser quem não vira a cara à luta sempre”.
Acrescentou que se mantém no parlamento regional “com intervenção, capacidade de propostas para garantir respostas concretas e respostas” que considera serem as “mais justas reivindicações daqueles que são os mais desfavorecidos, aquelas que são as vítimas de exploração e da injustiça”.
O candidato assegurou que a CDU “não entra em negociatas”, recordando que muitos eleitores se sentiram “atraiçoados” nas últimas eleições por verem o que “o seu voto tinha sido trespassado, tinham feito negócio com o voto que receberam, tinham traído até valores e compromissos que diziam defender”.