Ascenso Simões, antigo membro do XVII Governo Constitucional, defendeu que Carlos Pereira, dirigente socialista, deveria integrar um eventual governo do PS, caso o partido venha a vencer as próximas eleições legislativas.
O ex-secretário de Estado da Administração Interna, entre março de 2005 e abril de 2007, considera que Carlos Pereira possui o conhecimento económico e empresarial para tal.
A sugestão foi feita num artigo de opinião publicado este sábado no Expresso, onde o antigo secretário de Estado propõe uma nova abordagem para a política económica e industrial do país.
“O Ministério das Empresas. Sim, mudar a designação é simbólico, mas concebe o sinal do que importa”, escreve Ascenso Simões, sugerindo que esta nova pasta deve assumir uma visão estratégica mais próxima do setor privado e da realidade produtiva. Para o antigo governante, o objetivo deverá ser “cumprir, sem crises, o PRR e o Portugal 2030”, preparando simultaneamente o país para “uma nova ordem no comércio internacional que vai atacar a Europa de forma irreversível”.
Na sua visão, o Ministério das Empresas não deve ser entregue a “figuras que sejam ‘barras’ em política industrial”, mas sim a perfis mais próximos dos empresários, capazes de mobilizar investimento e simplificar processos: “Escolher alguém que seja um Mira Amaral ou um Pina Moura, que bata nas costas dos empresários e os ‘obrigue’ a investir. Proximidade e libertação da burocracia.”
Entre os nomes destacados como exemplos de “boas escolhas de quadros do PS com conhecimento do terreno”, Ascenso Simões sublinha Eurico Dias, Carlos Pereira e Ricardo Castanheira. Sobre Pereira, em particular, enaltece o seu conhecimento em “empresas, economia e fomento”.