Os oito detidos no âmbito da operação ‘Ab Initio’ regressaram esta manhã ao Juízo de Instrução Criminal para retomar a sessão dedicada a interrogatório judicial, na expectativa de que ao final do dia sejam conhecidas as medidas de coação.
Ontem, ao final da tarde, o advogado João Nabais, representante legal de Carlos Teles, presidente da Câmara da Calheta, adiantou aos jornalistas que houve um entendimento entre os oito arguidos para que não fossem prestadas declarações sobre os factos que lhes são imputados no despacho de indiciação.
A estratégia, que foi igualmente confirmada por Paulo Sousa e Alexandre Carvalho da Silva, advogados das duas funcionárias públicas que também estão implicadas no processo, e tem o objetivo de permitir que a juíza Susana Mão de Ferro possa decidir já hoje sobre as medidas de coação, além de dar mais tempo aos advogados para consultar o documento com milhares de páginas.
Assim, esta manhã, os arguidos deverão responder apenas a questões relacionadas com a sua situação económico-social, ao passo que o Ministério Público se irá pronunciar sobre as medidas de coação que entenda serem necessárias, tal como farão os advogados de cada um dos arguidos.
Tal como na manhã de ontem, os arguidos entraram no tribunal no meio de um reforçado contingente de guardas prisionais armados.