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Eleições: BE reitera ser de confiança para combater “regime podre” e “relações perigosas”

Data de publicação
24 Maio 2024
19:16

A marcar o encerramento da campanha para as eleições regionais, que convocam este domingo os madeirenses a irem às urnas, esteve, hoje, na Madeira, Mariana Mortágua, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, que rumou esta tarde à Praça Amarela para dirigir os últimos apelos à população.

Foi com uma arruada, na qual foram entoados o nome do partido e “25 de Abril, sempre!”, que uma comitiva do BE deu o pontapé de arranque do comício de encerramento nesta centralidade, onde Dina Letra, líder do partido na Região, começou por agradecer o apoio, a dedicação e a presença “constante” de todos os militantes, incluindo dos mais jovens, nesta campanha que foi “cansativa” e repleta de desafios, mas também “bonita”.

“Também tivemos a simpatia de toda a nossa gente”, asseverou, apontando, contudo, que os muitos quilómetros percorridos durante as últimas semana mostraram que “a Madeira real é bem diferente da ilha das maravilhas que a propaganda que o PSD de Miguel Albuquerque quer impingir”.

Tecendo duras críticas aos 48 anos de executivos sociais-democratas, que afirma terem sido “promotores de desigualdade”, a coordenadora regional lamentou o abandono dos madeirenses e porto-santenses, em prol do “turismo da poncha” e “de uma rede clientelar e elites de privilégio”.

É neste sentido que reitera ser “ urgente uma mudança”, a qual só pode ser alavancada se a população não deixar o seu futuro na mão de outros. “É preciso votar em gente de confiança, no BE, que é a esquerda exigente de combate a este capitalismo selvagem”, asseverou, exaltando a necessidade de acabar com este “regime podre”.

BE que continuar a lutar contra relações perigosas

Por seu turno, Roberto Almada, cabeça de lista do BE a este ato eleitoral, destacou a campanha “de força” e “firme” desta candidatura, que atesta ter sido a que mais propostas apresentou nos diversos domínios.

Já recordando os muitos problemas comunicados por parte da população nos contactos de ruas das últimas semanas, o candidato pediu a confiança dos madeirenses para que os projetos propostos possam ser transformados em lei e passados à prática na Assembleia Regional.

“Não faz sentido nenhum que alguns andem por aí a apregoar que o voto se faz num ou noutro como se fossem muito diferentes. Se os madeirenses quiserem um voto que mude alguma coisa, têm de votar na oposição que não foge, que não deserta, que tem estado sempre na defesa dos madeirenses e não daqueles que à primeira oportunidade fogem para Lisboa”, atirou.

A este propósito, reiterou não ter ficado admirado com a megaoperação desencadeada em janeiro e que precipitou as presentes eleições, uma vez que há já várias décadas que o BE denunciava as relações “perigosas entre o poder económico e regional”, a corrupção e a falta de transparência.

“Aqueles que agora dizem ser contra a corrupção, na altura estavam no PSD calados como ratos”, acusou. Para levar adiante esta luta, Roberto Almada pediu, assim, que a população garanta mais um deputado ao BE, para que também Dina Letra se junte no parlamento ao combate aos poderes instalados.

Mortágua elogia madeirenses

Pela terceira vez na Madeira este mês para fechar a campanha bloquista às eleições regionais, Mariana Mortágua, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, afirmou ter “aprendido muito” na Região, ao ter contactado com “gente que faz das dificuldades força” e que vive com alegria.

“Gente que sabe o poder do PSD foi longe demais. Nenhum partido e presidente do Governo Regional devia ter tanto poder (...) Nenhum partido devia ter o poder de dizer ‘cala-te’, ‘tem medo’, ‘não fales’, ‘não penses diferente’”, atirou a coordenadora, que, por isso, reiterou que “esta é uma terra que merece uma mudança, aspirar e acreditar numa vida melhor”.

Nas palavras de Mariana Mortágua, o BE é a “força de mudança”, tendo o que é preciso para fazer frente aos poderes instalados. Isto porque, continuou, coerência, firmeza e convicção são as suas armas, ao contrário de outros partidos como o PAN, que “trocou as suas causas por um lugar de poder”.

Já de baterias apontadas ao PS, a coordenadora questionou o porquê de o partido prometer uma coisa no Funchal e fazer outra coisa no Governo da República.

Ao PSD dirigiu a indagação do porquê de o “não é não” ao Chega não valer nada quando aterra na Madeira, onde “já pode haver acordo com a extrema direita”.

“Miguel Albuquerque quer um acordo com o Chega e o Chega quer um acordo com Miguel Alburqueque”, atestou, recordando que André Ventura solicitou ao presidente do PSD-M que fosse seu mandatário nas presidenciais há uns anos, criticando-o, dessa forma, por falta de coerência e de um mero interesse em “lugares e poderes”.

Traçando diferenças, a líder nacional mais disse que o BE respeita a autonomia, não substituindo os candidatos regionais pelos líderes nacionais, como o Chega, “para os controlar”.“Podem confiar no Bloco Madeira e nas suas decisões”, vaticinou, por fim, apelando ao voto neste partido, que se insurge contra o conservadorismo.

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