Francisco Gomes, deputado madeirense eleito pelo Chega para a Assembleia da República, acusou a secretária de Estado das Pescas de falta de vergonha na gestão do setor das pescas.
A crítica vem na sequência do anúncio feito, ontem, por Claúdia Monteiro Aguiar de que a quota de pesca de atum patudo para 2025 terá um aumento de 24 toneladas, um valor que o parlamentar do CHEGA considera inaceitável face ao que diz serem as enormes dificuldades dos pescadores madeirenses e açorianos.
“Vir anunciar um aumento de 24 toneladas na quota de atum patudo como uma vitória é de uma falta de noção gritante, que deveria envergonhar a secretária de Estado. É um valor insignificante, que corresponde ao que um barco pesca e ainda vai ser dividido entre os Açores e a Madeira. Por outras palavras, não vale nada!”, disse Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República.
O parlamentar madeirense do Chega não poupou críticas à governante com a tutela das pecas, sobre quem diz estar impreparada para as responsabilidades que lhe assistem, desinteressada nos problemas que afetam os homens do mar e desprovida de um pensamento estratégico próprio para o setor.
O deputado também exigiu explicações para um ajuste direto de 74.660 euros que diz que a secretária de Estado autorizou, no final de outubro, à empresa ‘Olho Azul’, que produz programas para o cabal televisivo SIC.
“A secretária está focada na sua promoção pessoal e usa o dinheiro dos portugueses para campanhas publicitárias. Não é o trabalho dela que está a publicitar, porque isso não existe. Está a fazer pela sua vida, e não pela vida dos pescadores, como é seu dever”, referiu.
A concluir, Francisco Gomes voltou a exigir a demissão de Claúdia Monteiro de Aguiar, argumentando que, na sua opinião, a mesma não reúne a competência, nem as condições necessárias, para cumprir o mandato, devendo demitir-se ou ser demitida.
“Todo o setor já percebeu que a secretária de Estado não tem capacidade, nem perfil, para a missão que lhe impuseram. Além de não fazer nada de relevo por quem mais precisa, ainda usa o gabinete para feiras de vaidades. Isto é gozar com os pescadores e não admitimos isso!”, apontou.