José Cesário, ex-secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e ex-deputado pelo círculo fora da Europa, também está presente do Fórum Madeira Global 2022, que decorre ao longo do dia de hoje no Centro de Congresso da Madeira.
Na sua alocução, primeiramente, "agradeceu o convite do Governo Regional para aqui estar", não se poupando nos elogios a "esta magnífica terra". Relevou que as funções de um secretário de Estado das Comunidades Portuguesas "são particularmente difíceis", deixando palavras de incentivo e mostrou-se grato ao ex-deputado Correia de Jesus, com quem aprendeu imenso. Deixou ainda palavras de apreço para o "Gonçalo Nuo Santos, que eu sei bem o quanto representa para as Comunidades Portuguesas".
Historiando um pouco tudo aquilo que foi a relação de Portugal e da Madeira com a sua Diáspora ao longo de décadas, José Cesário, entrou então no ‘Futuro das Comunidades’, tema deste fórum, "mas não é possível falar do futuro sem falar do passado e presente".
Lembrou por isso muitos dos desafios que enfrentou e o quanto a sua vida mudou depois que assumiu funções. "Tive que perceber o que isto era e a primeira conclusão a que cheguei é que nós não percebemos nada disto. Foi o problema que detetei: desconhecimento também da sociedade e sobre o que era este mundo de emigrantes", partilhou.
Elencou todos os problemas burocráticos adjacentes aos emigrantes, lembrando que mesmo os que nasceram fora do país, que são luso-descendentes, também "são portugueses".
Relevou a capacidade desses mesmo emigrantes, que "temos que aproveitar", referindo que "o fenómeno migratório mudou muito. Antes, "era fundamentalmente um fenómeno rural e hoje é um fenómeno urbano", referindo que hoje o principal ponto emissor é "Lisboa e Porto".
David Spranger